12 de agosto de 2024
Política

Vereador que pode ser cassado contesta decisão do TRE

Sargento Novandir discorda de decisão do TRE-GO (Foto: Samuel Straioto)
Sargento Novandir discorda de decisão do TRE-GO (Foto: Samuel Straioto)

Os vereadores Sargento Novandir e Emilson Pereira, ambos do PTN podem perder mandato por conta de supostas irregularidades na formação da chapa durante o processo eleitoral. O TRE julgou ação promovida por Carlos Soares (PT) em que foi denunciada fraude na inscrição de candidatas a vereadora com o único fim de “suprir contingente de gênero exigido pela legislação”. Sargento Novandir contesta decisão.

Ao Diário de Goiás, o parlamentar disse que recebeu a notícia com decepção. Ele declarou que oficialmente ainda não havia recebido nenhum tipo de comunicação, mas que a defesa dele ao tomar conhecimento dos fatos pelos veículos de imprensa já se antecipou para promover a defesa.

Sargento Novandir argumentou que a campanha dele foi feita dentro da legalidade. Ele entende que trata-se de uma turbulência momentânea. Quanto aos questionamentos de que a chapa foi montada de forma irregular, de que mulheres receberam dinheiro apenas para compor a chapa e que nem voto recebeu no processo eleitoral, o vereador avaliou que não há nada errado e que acha estranho duas mulheres assumirem um crime como ocorreu.

“A chapa foi montada de forma correta, foi totalmente correta. Eles alegam que duas mulheres foram compradas participaram de uma corrupção passiva e estelionato para formar a chapa, coisa que não aconteceu. Alguém deve estar assediando elas para dar este depoimento. Em 17 anos de carreira policial participei de várias audiências e nunca vi alguém assumir um crime como elas assumiram. É a primeira vez. Tenho certeza de que há alguém por trás delas, e assim tentando obter o resultado. Estes perderam a eleição. Eu ganhei a eleição e de forma limpa”, destacou.

Ele reforçou o argumento que há forças políticas que querem derrubá-lo, mas não fez críticas aos beneficiados com a cassação do mandato dele e de Emilson Pereira que seriam Carlos Soares (PT), ex-vereador que não conseguiu se reeleger e o primeiro suplente do PSDB, Cairo Salim

“Não aconteceu isso. Ninguém recebe dinheiro sujo e vai diante do juiz e assume que recebeu. Tem alguém por trás dessas mulheres que quer derrubar esta chapa. Não posso acusar quem é que seja, mas há alguém por trás”, declarou Novandir.

Para Sargento Novandir, a decisão para tomada pela justiça eleitoral está incorreta. Ele entende que precisaria ser ouvido, assim como Emilson Pereira. Nos bastidores da Câmara se cogitava que haveria uma ação judicial pedindo a cassação do mandato dos vereadores do PTN. Novandir declarou que esperava o andamento da ação, mas não esperava o resultado.

“Até o momento não fui chamado pelo juiz. É estranho, pois nós vereadores que perderíamos o mandato, o Emilson e eu teríamos que ser ouvidos. Acreditava nesta ação, mas acreditava que as mulheres pudessem dar o depoimento da forma com que realmente as coisas aconteceram, que elas foram voluntárias e desistiram na reta final. Está tudo errado, tudo foi documentado da maneira legal”, declarou.

Procurado pela reportagem do Diário de Goiás, o vereador Emilson Pereira preferiu não comentar o caso. Apenas a assessoria de imprensa dele se manifestou dizendo que acredita no trabalho de montagem da chapa feito pela direção do PTN. Foi informado ainda que espera reverter a decisão assim que recorrer ao judiciário.


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