O vereador Marlon Teixeira (Cidadania) quer que bares, restaurantes e demais estabelecimentos da área de alimentação em Goiânia adaptem espaços abertos para animais domésticos. É a regulamentação do conceito ‘Pet Friendly’ adotado em diversos lugares do mundo.
A matéria tramita desde o dia 11 de agosto na Câmara dos Vereadores e pretende fixar normas de higiene para a permanência de animais domésticos em estabelecimentos de alimentação, além da colocação de placas ou adesivos, em locais visíveis, na entrada de restaurantes, bares e similares, onde constará se naquele estabelecimento é permitido ou não a entrada de animais, acompanhados de seus respectivos proprietários – aos quais caberá a responsabilidade pela limpeza de dejetos de seus pets, bem como pelo uso de guia e focinheira no caso de cães de comportamento agressivo em logradouros públicos.
“O Código de Posturas do Município de Goiânia já prevê a permanência de animais em recintos e estabelecimentos comerciais, sendo que este permissivo necessita de regulamentação com regramento específico, o que buscamos fazer com a apresentação deste Projeto de Lei”, explica Teixeira, que é também vice-presidente da Comissão de Defesa dos Direitos dos Animais da Câmara.
Na avaliação dele, algumas instalações se auto intitulam ‘pet friendly’ simplesmente por notarem que a aceitação do animal de estimação tornou-se um fator decisivo para que os donos escolham quais locais frequentam. Para Marlon, trata-se de uma estratégia poderosa de diferenciação no mercado, independentemente do setor, mas, nesse caso específico, existem ressalvas.
“É importante entender que não adianta receber clientes com pets sem ter um conhecimento básico sobre o perfil e as principais necessidades e expectativas desse público. É fundamental prestar um atendimento equilibrado e seguro para todos os que conviverão e compartilharão determinado espaço”, argumenta o parlamentar.
“Alguns locais sequer compreendem bem quais são as principais raças e portes de cães e estabelecem regras incoerentes, como exigir que o cliente fique com o pet no colo. Além de causarem mais transtornos do que benefícios, essas instalações não se esforçam para que o dono sinta que o seu bichinho é tão bem-vindo quanto ele. No final das contas, as casas comerciais que agem dessa maneira não enxergam que, se o cliente está ali e não no concorrente, há grandes probabilidades de o animal ter sido o agente influenciador da decisão”, acrescenta.
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