27 de agosto de 2024
Cidades

Vereador denuncia possível atividade irregular de secretário; Alexandre Magalhães contesta

Durante reunião da Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investiga as obras públicas que foram paralisadas na manhã desta segunda-feira (25), o vereador Alysson Lima (PRB) denunciou uma possível utilização do cargo de primeiro escalão de um auxiliar da Prefeitura de Goiânia para benefício de empresa.

Ao Diário de Goiás, o vereador ressaltou a impossibilidade, por lei, de o presidente da Agência Municipal de Turismo, Eventos e Lazer (Agetul), Alexandre Magalhães, comandar uma empresa que tenha contrato e preste serviços ao poder público, chamada Kelluz Construção, Indústria e Comércio.

“Em 2014, Alexandre Magalhães conseguiu uma licitação de um serviço, o projeto custa mais de R$ 1,5 milhão. Quando ele foi nomeado secretário de primeiro escalão, ele não poderia mais permanecer na empresa. Deveria vender ou passar a diretoria para outras pessoas. Mas ele continua comandando”, afirmou Alysson Lima.

Conforme o vereador, Alexandre Magalhães também estaria fazendo “tráfico de influência” para conseguir outros contratos, com Estado de Goiás e prefeituras do interior.

“Ele tomou posse do cargo em janeiro de 2017 e um mês depois, em fevereiro de 2017, assinou contrato com a OVG. É de um valor irrisório, de R$ 9 mil, mas também assinou contratos com outras prefeituras do interior, o que caracteriza tráfico de influência. Sob a ótica da moralidade também, é imoral você ter um cargo na prefeitura e ter uma empresa que presta serviço para o município, se autofavorecendo”, destacou.

Diante dos questionamentos, o vereador informou que irá convocar o presidente da Agetul para comparecer, se possível, na próxima segunda-feira (2) à Câmara Municipal de Goiânia para explicar a relação de Alexandre Magalhães com o poder público.

“Não estamos acusando ninguém, estamos investigando as informações que chegaram até a Câmara”, reforçou Alysson Lima.

Outro lado

O presidente da Agetul informou ao Diário de Goiás que o contrato com a prefeitura de Goiânia é anterior à nomeação de secretário e que se afastou do comando da empresa quando tomou posse do cargo.

“Meu contrato com a prefeitura é anterior ao fato de eu ser secretário. Hoje não sou o gestor da empresa. Fui obrigado por lei a me afastar da gestão da empresa. O contrato foi assinado em 2014, na gestão anterior. Além disso, está tão correto que a Caixa fez um pagamento para a empresa inclusive após auditoria do TCU [Tribunal de Contas da União]”, disse.

Questionado sobre possível tráfico de influência, Alexandre Magalhães contestou a informação e ressaltou que os contratos foram oriundos de processo licitatório. Sobre a possível convocação, o presidente disse estar à disposição da Câmara.

“Como tráfico de influência se foi um processo licitatório? Estou à disposição da Câmara, a hora que eles quiserem marcar, estarei lá”, concluiu. 

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