O governo venezuelano disse nesta terça-feira (19) que considera uma “ameaça” a sua soberania o encontro do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com líderes latino-americanos, entre eles o brasileiro Michel Temer.
Em nota, Caracas disse que “denuncia aos povos do mundo as novas ameaças contra a soberania, a paz e a estabilidade do nosso país.”
No encontro, Trump criticou a ditadura de Nicolás Maduro e pressionou os outros líderes a tomarem uma atitude contra o governo venezuelano. A nota da Venezuela não incluí os comentários de Trump com críticas a Venezuela na Assembleia Geral das Nações Unidas, que ocorreu nesta terça.
Além de Trump e Temer, também estiveram presentes no encontro na segunda-feira (18) os presidentes da Colômbia, Juan Manuel Santos, e do Panamá, Juan Carlos Varela, e a vice-presidente da Argentina, Gabriela Michetti.
Na saída do jantar, Temer confirmou que o assunto da Venezuela foi debatido e que os participantes concordaram que é preciso achar uma saída democrática no país.
Além de Trump, Santos também foi alvo de crítica de Caracas. Segundo o texto, o colombiano apoia os Estados Unidos apenas para evitar que Washington estabeleça sanções contra Bogotá devido a produção de cocaína no país.
Segundo a nota de Caracas, os líderes “foram contaminados a incrementar a campanha de agressões contra a Venezuela”. “Trump tem uma obsessão fatal com a Venezuela, produto de suas ideias supremacistas brancas”, diz o texto.
A nota diz ainda que o país está preparado para “seguir derrotando nos planos político, diplomático e em qualquer outro que seja necessário, as nefastas agressões”. (Folhapress)
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