24 de novembro de 2024
animais de estimação

Veja os perigos das plantas tóxicas para cães e gatos

Presentes em casas, jardins e praças, as plantas costumam deixar os ambientes mais bonitos, aumentando o contato com a natureza. Contudo, mesmo que pareçam inofensivas, algumas delas podem oferecer uma série de riscos para a saúde de cães e gatos e, inclusive, levá-los à morte.

Segundo Caroline Mouco Moretti, médica-veterinária clínica e diretora-geral do Grupo Vet Popular, o que torna as plantas tóxicas para esses animais são as substâncias encontradas nelas. “Por exemplo, a flor do antúrio contém oxalato de cálcio como princípio, podendo causar inchaço da boca, lábios e garganta, dificuldade para engolir, paralisia da língua, salivação excessiva, vômitos e diarreia”, explica.

Plantas perigosas para cães e gatos

Além do antúrio, algumas das espécies que causam intoxicações em cachorros e gatos são:

  • Comigo-ninguém-pode
  • Azaleia
  • Copo-de-leite
  • Espada-de-são-jorge
  • Lírio
  • Violeta
  • Dama-da-noite
  • Costela-de-adão
  • Coroa-de-cristo
  • Samambaia

Como acontece a ingestão?

Caroline Mouco Moretti explica que, por vezes, a ingestão de plantas tóxicas pode acontecer durante as brincadeiras dos animais. “Principalmente filhotes, entre uma brincadeira e outra, acabam mordendo [plantas] e, muitas vezes, a ingestão pode ser acidental”, afirma.

Além disso, segundo a veterinária Juliana Bulhões, “cães e gatos têm por hábito comer plantas para auxiliar o sistema digestivo”. Dessa forma, eles podem acabar ingerindo alguma espécie que causa intoxicação.

cachorro corgi sentado ao lado de vaso com planta verde
É importante ficar atento aos sintomas da ingestão de plantas tóxicas e procurar ajuda veterinária (Imagem: Jus_Ol | Shutterstock)

Fique atento aos sintomas

Os sintomas decorrentes da intoxicação causada por plantas podem ser variados. Pode ocorrer falta de apetite, vômitos, diarreias, falta de coordenação motora e equilíbrio, desmaios, convulsões, lesões orais, alterações cardíacas, entre outros. Em casos mais graves, pode ocasionar até morte súbita do animal.

“Tudo vai depender do tipo de substância, quantidade ingerida e tempo de socorro após detecção da ingestão”, esclarece Caroline Mouco Moretti. Ainda conforme a profissional, os animais podem apresentar os sintomas até 24 horas após a ingestão da planta.

O que fazer no caso de ingestão?

É extremamente importante que o tutor leve o animal ao veterinário assim que perceber a ingestão da planta ou ao notar os sintomas. “Quanto antes tratar, menor a quantidade da substância tóxica a ser absorvida”, explica Caroline Mouco Moretti.

Além disso, conforme a profissional, saber o tipo de planta que foi ingerida ajudará o veterinário a tratar o animal com maior precisão. Por isso, caso não saiba a espécie, vale a pena levar ao consultório um pedaço da planta ou, até mesmo, uma foto dela.

Proteja o seu animal

Para evitar a ingestão acidental, as veterinárias orientam manter as plantas tóxicas longe de cães e gatos. “No caso de cães, manter em lugares altos é uma alternativa. Já no caso de gatos, o mais recomendado é não ter esse tipo de planta”, sugere Caroline Mouco Moretti.

Durante os passeios em ambientes externos, Juliana Bulhões aconselha manter o cachorro na coleira com a guia. Dessa forma, fica mais fácil impedir que ele entre em contato com alguma planta que possa oferecer risco.


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