Passadas as eleições de 2022, o foco das forças políticas naturalmente se volta para o pleito municipal, em 2024. A princípio, pode parecer precipitado tratar do assunto com tanta antecedência, até porque muita coisa ainda deve acontecer, mas também é fato que as conversas já se iniciaram.
Em Goiânia, o atual prefeito, Rogério Cruz (Republicanos), se movimenta no sentido de viabilizar sua reeleição. Os bolsonaristas mais fieis no estado também tendem a lançar um nome, assim como a esquerda, além de outros grupos que não se identificam necessariamente com algum desses.
Veja abaixo a lista elaborada pelo Diário de Goiás (em ordem alfabética):
Aava Santiago (PSDB) – Vereadora e presidente municipal do PSDB, ela ganhou destaque, inclusive nacional, devido ao seu apoio a Lula (PT). Pode se tornar a cara dos tucanos para renovar o partido em Goiás.
Adriana Accorsi (PT) – Deputa federal eleita, é a principal petista no estado atualmente. Já foi candidata a prefeita de Goiânia em 2016 e 2020. Com o respaldo de Lula, pode chegar à disputa com mais força, embora tenha sinalizado que prefere ficar os próximos quatro anos em Brasília.
Alysson Lima (PSB) – O deputado estadual fica sem cargo a partir de fevereiro e se posicionou firmemente a favor da candidatura de Lula no segundo turno. Tentou o Paço Municipal em 2020 pelo Solidariedade e vai sentar para conversar sobre uma candidatura em 2024.
Bruno Peixoto (União Brasil) – Apesar de negar, o deputado estadual com maior votação em Goiás pode ser um postulante ao Paço Municipal. Seus mais de 73 mil votos podem o animar a participar de mais um pleito. Na Assembleia Legislativa, é líder do governador Ronaldo Caiado (União Brasil), que, a princípio, apoiaria a reeleição de Cruz.
Elias Vaz (PSB) – Apesar de ter se notabilizado como um dos maiores opositores de Jair Bolsonaro (PL), o deputado federal não conseguiu se reeleger. Em 2020, foi candidato a prefeito de Goiânia e, em 2024, eventualmente em uma aliança com o PT, pode tentar o cargo mais uma vez para não ficar muito tempo sem mandato.
Francisco Jr (PSD) – Foi candidato a prefeito de Goiânia em 2016 e gostaria de ter sido em 2020. Não se reelegeu para a Câmara dos Deputados, mas pode permanecer com visibilidade se for secretário do governador Ronaldo Caiado (União Brasil). Também tem interlocução com o bolsonarismo.
Gustavo Gayer (PL) – Aliado fiel de Bolsonaro, concorreu à Prefeitura de Goiânia em 2020. Em 2022, foi o segundo deputado federal mais votado. Em 2024, estará no meio de seu mandato. E o bolsonarismo, apesar de ter ficado de fora da Presidência da República, ainda é forte em Goiás.
Gustavo Mendanha (Patriota) – Ex-prefeito de Aparecida de Goiânia e segundo colocado nas eleições para governador, tem uma boa imagem na Região Metropolitana de Goiânia. Teoricamente, não pode disputar cargo de prefeito, independentemente da cidade, em 2024, mas tende a fazer uma consulta ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre o assunto.
Lincoln Tejota (União Brasil) – Vice-governador e deputado estadual eleito, não esconde de ninguém o desejo de ser prefeito de Goiânia. Para ser candidato, no entanto, precisaria que Caiado e o União Brasil não apoiassem a reeleição de Cruz.
Rogério Cruz (Republicanos) – De olho em 2024, lançou o programa Goiânia Adiante e deu início à reforma de seu secretariado com o objetivo de mostrar força política após a derrota de sua esposa, Thelma Cruz (Republicanos), para a Assembleia Legislativa. Se as recentes ações surtirem efeito e se tiver o apoio do governador, suas chances de reeleição aumentam.
Vanderlan Cardoso (PSD) – Foi candidato a prefeito de Goiânia em 2016 e 2020. Em ambas as vezes, ficou em segundo lugar. Em 2024, ainda estará cumprindo mandato de senador e, se conseguir unificar o bolsonarismo goiano em torno de seu nome, deve concorrer ao Paço Municipal de novo.
Lucas Calil (MDB) – Terceiro deputado estadual mais votado, tem base na Região Metropolitana de Goiânia. Tradicionalmente, o MDB é quem tem mais força na capital e, por enquanto, ele é o emedebista em melhores condições para entrar na disputa.
Lucas Kitão (PSD) – Por ter ganhado destaque na Câmara Municipal devido aos votos contra o aumento do IPTU e da verba parlamentar, o vereador não pode ser descartado. É do mesmo grupo de Calil e, portanto, um não seria adversário do outro.
Marconi Perillo (PSDB) – Ex-governador de Goiás por quatro mandatos, pode ser candidato a prefeito de Goiânia, apesar de sua rejeição na capital, por o cenário eleitoral estar em aberto e para não ficar mais quatro anos longe das urnas, após ser derrotado para o Senado em 2022.
Romário Policarpo (Patriota) – Presidente da Câmara Municipal de Goiânia, tem boa articulação junto a vereadores e, nos bastidores, já admite a possibilidade de ser candidato a prefeito. Em 2022, desistiu de concorrer a deputado federal devido a problemas de saúde. Resta saber como estará para o pleito de 2024.
Mauro Ruben (PT) – Eleito de volta à Assembleia Legislativa, o vereador pode aparecer como candidato do PT ao Paço Municipal. A legenda do presidente eleito está se reorganizando, e neste processo, o futuro deputado aparece como opção, caso Adriana Accorsi, Elias Vaz e Alysson Lima optem por outros rumos.
Virmondes Cruvinel (União Brasil) – Foi candidato a prefeito de Goiânia em 2020 e gostaria de ter sido em 2016. Para 2022, sua situação partidária é idêntica às de Lincoln Tejota e Bruno Peixoto. Devido ao histórico de disputa e ao interesse no cargo, não há como deixá-lo de fora da lista.
Zacharias Calil (União Brasil) – Já havia tentado viabilizar seu nome ao Paço Municipal em 2020, mas foi preterido por Vanderlan Cardoso (PSD). Nessas eleições, manteve a pré-candidatura ao Senado até os últimos instantes. Não surpreenderia se tentasse para valer uma candidatura com apoio do governador nas eleições municipais, se Caiado não bancar a reeleição de Cruz.
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