29 de novembro de 2024
Esportes

Vasco encaminha novo patrocínio com a Caixa após sumiço da Lasa

BRUNO BRAZ
RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – Após levar um calote da empresa Lasa Indústria Farmacêutica e iniciar os trâmites jurídicos para rescindir o contrato, o Vasco encaminhou um novo patrocínio com a Caixa Econômica Federal, estatal que já vinha sendo parceira do clube nos últimos anos.

O presidente cruzmaltino Alexandre Campello esteve em Brasília na manhã desta quinta-feira (1º) e se reuniu com os executivos do banco. Segundo informações, o possível novo contrato deverá ser nos moldes do último, por um ano com R$ 10 milhões mais R$ 2,5 milhões caso se obtenham metas.

Para validar o acordo, porém, será necessário que o Vasco, além de rescindir com a Lasa, se ajuste em relação às dívidas com o governo federal deixadas pela antiga gestão e obtenha certidões negativas de débito.
Após a reunião, o mandatário vascaíno entregou uma camisa do modelo antigo, que continha a logo da Caixa, escondendo o símbolo da Umbro, ex-fornecedora de material esportivo. O clube, atualmente, veste Diadora.

OI, SUMIDA

O prazo dado pelo presidente Alexandre Campello para que a Lasa cumprisse o acordado em contrato e efetuasse o pagamento de R$ 10 milhões se encerrou na última terça (27). Deste modo, o dirigente autorizou o departamento jurídico a iniciar o processo de ruptura do vínculo. Paralelamente e já ciente de um possível calote, o mandatário mantinha conversas com empresas interessadas em patrocinar o Vasco.

No contrato firmado em 16 de janeiro de 2018, nos últimos dias da gestão Eurico Miranda, a empresa comprometeu-se a pagar R$ 10 milhões à vista e mais R$ 8 milhões diluídos até o fim deste ano, com possibilidade de renovação do acordo em dezembro.

O presidente da Lasa, conhecido como “Doutor Dias”, parou de responder os contatos vascaínos e não deu satisfação nem mesmo para o coordenador científico do Vasco, Alex Evangelista, que promove um congresso este fim de semana e havia convidado-o para ser um dos palestrantes, já como parte do acordo entre o clube e a empresa farmacêutica.

Quando assinou o contrato, o ex-presidente Eurico Miranda chegou a tratar a parceria como “muito além de um simples patrocínio” e classificou a empresa como revolucionária.

Ainda no comunicado oficial, publicado no site do clube, o ex-presidente informava que a logomarca da Lasa já estaria estampada no uniforme a partir de 31 de janeiro, na estreia na segunda fase da Libertadores, contra a Universidad de Concepción (CHI). Com o imbróglio, porém, o uniforme segue sem marcas até agora, com quatro partidas disputadas na competição sul-americana e seis no Campeonato Carioca.

A EMPRESA

A Lasa Indústria Farmacêutica Ltda tem seu logradouro em Videira, interior de Santa Catarina. No site da empresa indiana “Maneesh Pharmaceuticals”, consta que a fábrica catarinense foi comprada este ano por eles. O objetivo da parceria com o Vasco seria o de expandir o nome da marca no Brasil.

O site da Lasa, porém, ainda está em construção. Quando se acessa o www.lasa.ind.br depara-se apenas com a mensagem “estamos chegando”.

A página oficial do Facebook conta com mais de 12 mil seguidores, uma grande parte que “curtiu” a empresa após o anúncio com o Vasco.

Ainda há poucas publicações. No total são seis. O conteúdo é com teor de apresentação. Se definem como uma empresa que “produzirá as matérias-primas de seus principais produtos a partir de compostos bioativos da Floresta Amazônica”.

Até três semanas atrás, o perfil interagia com os internautas de forma bem humorada. Em certa ocasião, um seguidor questionou se Eurico Miranda ou Alexandre Campello serão comissionados com a parceria, e a empresas respondem que “eles não são igreja para receber dízimo”. Já fazem dias, porém, que a interações cessaram.


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