07 de agosto de 2024
Senador Canedo • atualizado em 07/07/2022 às 11:16

Varíola não é disseminada por macacos, explica especialista

Fato acendeu alerta para Saúde do Município, que reforçou que a doença não é transmitida por esses animais
Animais foram encontrados mortos no final de semana (Foto: Amma Senador Canedo)
Animais foram encontrados mortos no final de semana (Foto: Amma Senador Canedo)

Neste último final de semana, a prefeitura de Senador Canedo informou que recebeu denúncias sobre macacos mortos no município. Um deles foi encontrado com sinais de trauma na entrada da cidade, colocado em uma placa. O outro tinha alguns sinais menores de trauma e foi encontrado em um bosque a cerca de 3 km de onde o primeiro foi achado.

Segundo divulgou o município, a Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma) de Senador Canedo, recebeu denúncias e conduziu a ocorrência para o Zoonoses, com os animais recolhidos e encaminhados para necropsia para investigação da causa da morte. De acordo com a pasta algumas lesões indicam sinais de maus-tratos.

Diante do ocorrido, a pasta esclareceu que, a varíola dos macacos é uma doença rara causada por um vírus que costuma estar presente em roedores. “Os primeiros casos de varíola dos macacos, ou varíola símia, foram identificados em 1958 em um grupo de macacos, o que deu origem ao nome da doença. A transmissão ocorre por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama”, detalhou a Amma.

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Orientações

Ao Diário de Goiás, Isabella Lauria, médica veterinária e chefe de Bem-estar animal da Amma de Senador Canedo, explicou que os macacos encontrados mortos no município acenderam um alerta para a Amma. “Foi na mesma semana em que tivemos um caso suspeito de varíola dos macacos. O caso já foi descartado, mas o alerta fica porque as pessoas começaram a associar ao animal o transmissor da doença”, afirma.

Segundo a médica veterinária, para que o animal transmita a doença, que é viral, de forma direta, é preciso contato direto com, por exemplo, uma arranhadura. “A gente não sabe ao certo quem é o reservatório da doença. Então recomenda-se que esses animais sejam mantidos distantes, e que não sejam alimentados, em hipótese alguma. Tudo o que eles precisam está na natureza”, destaca, reforçando que os animais foram encaminhados para necropsia para que as causas das mortes sejam apuradas. 

A chefe de Bem-estar detalhou que, por levar o mesmo nome, as pessoas têm entendido que o macaco é o reservatório da doença. “Mas a transmissão acontece de pessoa contaminada para pessoa contaminada”, pontua.  À população, ela orienta que não manipulem de forma nenhuma esses animais. “É crime ambiental, inclusive, matar ou mutilar animais silvestres. Se for necessário, a população pode ligar para a Secretaria de Meio Ambiente, pelo telefone (62) 3512-1512”, destaca. 

Em caso de sintomas, Lauria reforça que a orientação é procurar uma unidade de saúde imediatamente, e seguir com as recomendações de uso de máscara e álcool em gel e de mãos sempre limpas. 


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