22 de dezembro de 2024
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Variante Ômicron preocupa OMS; o que se sabe sobre a nova linhagem do coronavírus

A variante Ômicron foi detectada pela primeira vez na África do Sul.  (Foto: Divulgação)
A variante Ômicron foi detectada pela primeira vez na África do Sul.  (Foto: Divulgação)

No último dia 24 de novembro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recebia os primeiros relatos da variante B.1.1.529 do novo coronavírus, nomeada como Ômicron e classificada como variante de preocupação para a OMS.

Além da variante Ômicron, a OMS considera como preocupação outras cepas da Covid-19, sendo elas: a Alfa (B.1.1.7), do Reino Unido, a Beta (B.1.351), da África do Sul, a Delta (B.1.617.2), da Índia, a Gama (P.1), do Brasil, e a Ômicron (B.1.1.529), de diferentes países, segundo a OMS.

A variante Ômicron foi detectada pela primeira vez na África do Sul.  A situação epidemiológica no país mostrou três picos distintos de casos de Covid-19, sendo o último predominantemente pela variante Delta.

Porém, desde as últimas semanas, os casos alavancaram pelo país Sul africano. De acordo com a OMS, o primeiro caso de Covid-19 confirmada conhecida foi de uma amostra coletada em 9 de novembro de 2021.

Em comunicado, a OMS disse que ”esta variante apresenta um grande número de mutações, algumas das quais preocupantes. A evidência preliminar sugere um risco aumentado de reinfecção com esta variante, em comparação com outras variantes de preocupação”, disso o órgão.

Como prevenção, a OMS orientou que os países devem melhorar a vigilância e os esforços para a realização do sequenciamento genômico do vírus, o que permite compreender melhor as variantes circulantes. Para a população, de modo geral, a OMS reforçou a necessidade de tomar medidas para reduzir os riscos de infecção pela Covid-19, incluindo o uso de máscaras bem ajustadas, higiene das mãos, distanciamento físico, melhoria da ventilação de espaços internos, evitar espaços lotados e a adesão à vacinação.

O número de casos da variante tem aumentado em quase todas as províncias da África do Sul. Segundo a OMS, os testes de diagnóstico molecular (RT-PCR) atuais são capazes de detectar a linhagem. A partir desses testes, a variante foi detectada em taxas mais rápidas do que surtos anteriores, ou seja, essa cepa tem uma maior disseminação.

Não há registros da variante Ômicron no Brasil

O Ministério da Saúde divulgou uma nota na tarde desta sexta-feira (26), informando que não foi detectado  nenhum caso da variante ômicron no Brasil. Ainda de acordo com o MS, foi feito um pedido para a Rede de Vigilância, que alerte e Resposta as Emergências em Saúde Pública no Sistema Único de Saúde que monitore qualquer mudança no cenário epidemiológico.

Para tentar conter a transmissão do vírus, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou que o governo federal adote restrições para voos e viajantes vindos da África do Sul e cinco países vizinhos – Botsuana, Suazilândia (Eswatini), Lesoto, Namíbia e Zimbábue.

O governo brasileiro decidiu seguir a orientação da Anvisa e vai restringir voos de países africanos com surto da cepa Omicron. A medida foi anunciada pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, em uma rede social.

“O Brasil fechará as fronteiras aéreas para seis países da África em virtude da nova variante do coronavírus. Vamos resguardar os brasileiros nessa nova fase da pandemia naquele país. Portaria será publicada amanhã e deverá vigorar a partir de segunda-feira”, publicou o ministro no Twitter.

Até o momento, a cepa já foi detectada nos seguintes países:

  • Botsuana;
  • África do Sul;
  • Hong Kong;
  • Israel;
  • Bélgica;
  • Reino Unido.

Ainda não se sabe se ela é mais transmissível ou mais letal. A própria OMS diz que precisará de semanas para compreender melhor o comportamento da variante.

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