12 de setembro de 2024
Brasil

Vanderlan Cardoso realiza audiência pública para discutir o potencial das pequenas centrais hidrelétricas do país

Foto: divulgação
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O  presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT),  senador Vanderlan Cardoso (PP) iniciou nesta quarta-feira (3), o ciclo de audiências públicas da Comissão  debatendo  sobre as potencialidades das Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH’s) e das Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGH’s) instaladas em todo território nacional. “A audiência pública se faz necessária devida à grande demanda por energia elétrica e a busca por fontes de geração renováveis e limpa que existe em nosso país”, pontua o senador.

Ele considerou positivo o encontro que reuniu técnicos do setor de energia tanto da área governamental como da iniciativa privada. Vanderlan criticou o fato de o Brasil investir  tanto  em termoelétrica e esquecer de investir nas geradoras de energias renováveis. “Países que não têm a nossa capacidade hídrica estão investindo em outras formas de energias renováveis, como a Eólica. E, nós, com nossa enorme capacidade de produção de energia, estamos andando na contramão. Tínhamos a mais barata energia do mundo anos atrás, hoje a nossa energia é uma das mais cara. Desse jeito o país fica impedido de crescer”, destacou.

O senador Vanderlan afirmou, também, que o estado de Goiás tem um potencial inventariado pela ANEEL que pode abrigar 208 Pequenas Centrais Hidrelétricas e 40 Centrais Geradoras, o que  daria  cerca de 20 bilhões de investimentos privados e ainda geraria 163 mil novos empregos. “Serão mais empregos e renda”, frisou o senador.

Na audiência, Hélvio Guerra, secretário adjunto de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, abriu os debates, apresentando números e potencialidades das fontes renováveis, que hoje são destaque do setor elétrico brasileiro. Ele  apresentou a capacidade em megawatts instalada em fontes renováveis no país, em 2019. “As fontes renováveis têm uma representação significativa nesse conjunto. A energia Eólica, embora esteja abaixo, ela apresenta uma curva ascendente muito acentuada”, pontua.

Hélvio destacou, ainda, que o Brasil é privilegiado com a diversidade de fontes e o potencial hidráulico, pois tem sol, vento e combustíveis. “Embora tenha demorado a investir nas matrizes renováveis eólica e solar, o mercado vem se expandindo nos últimos anos”, lembrou.

Paulo Arbex, presidente da Associação Brasileira de Pequenas Centrais Hidrelétricas (ABRAPCH), relatou  a expectativa dos pequenos e médios fornecedores de energia do Brasil. “Estamos bastante entusiasmados com essa nova legislatura, com esse novo governo”, disse. Ele ainda criticou o fato de as pequenas hidrelétricas sofreram uma “espécie de demonização, apesar de ser uma energia limpa, barata e ter menor
impacto ambiental”, reclamou.

Já o superintendente de Concessões e Autorização de Geração, da Agencia Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), Carlos Eduardo Cabral Carvalho, destacou que 83% da energia gerada hoje no país é proveniente de energia renovável. Jonathan Ross, superintendente de expansão e gestão de ativos da Eletrobrás, disse que qualquer empreendimento, independente da fonte geradora, e que atenda aos requisitos técnicos, ambientais e legais e que tenha um retorno econômico satisfatório será objeto de estudo da Eletrobrás.

O senador Vanderlan Cardoso considerou bastante positiva a Audiência Pública, destacando que é necessário avançar no tema, visto que o País tem um grande potencial que não está sendo utilizado. O presidente da CCT ainda lembra que as pequenas centrais hidrelétricas podem melhorar os indicadores socioeconômicos das regiões onde estão instaladas. “Além de criarmos fontes de energia limpa e renovável, vamos gerar emprego e renda para a população”, destacou


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