Demorou quase duas semanas, mas a Polícia Federal (PF) identificou homem suspeito de ter quebrado, nos atos terroristas do último dia 8 de janeiro, o relógio do século 17, Balthazar Martinot. A obra de arte, que chegou ao Brasil pelas mãos de Dom João 6º em 1808, estava exposta no Palácio do Planalto, em Brasília. Desde os últimos dias já havia a hipóteses de que ele fosse de Goiás.
De acordo com a PF o homem se chama Antônio Cláudio Alves Ferreira, e seria de Catalão, região sudeste de Goiás. O suspeito, além de quebrar a obra de arte, tentou quebrar a câmera que o filmou cometendo o crime, mas sem conseguir, acabou tendo seu rosto estampado em uma reportagem do Fantástico. Veja vídeo e a foto de como ficou o relógio do século 17.
Antônio Cláudio também apareceu em diversas outras fotografias no dia 8 de janeiro na praça dos Três Poderes. Na imagem da esquerda, como mostra a foto de destaque no início desta matéria, ele aparece em uma posição como se tivesse acabado de arremessar algum objeto.
Apesar de ter a identidade revelada, ele ainda não foi detido. Enquanto isso, autoridades brasileiras tentam buscar uma forma de recuperar o relógio, que teve os ponteiros e uma outra peça retirada e roubada pelo suspeito goiano. A embaixada da Suíça no Brasil teria até mesmo negociado com a Presidência da República a possibilidade de uma relojoaria do país europeu, especializada em objetos históricos, fazer o trabalho de restauro.
Não há previsão e nem certeza, porém, se será possível recuperar o relógio, já que ele é tão antigo. Ainda sobre a identificação do homem, a Polícia Civil de Goiás (PCGO) não confirmou que seja de Catalão, mas garantiu, por meio de nota, que colabora com a PF para que as investigações continuem e ele seja detido, se necessário.
Antônio Cláudio, que já tem passagem pela polícia por tráfico de drogas e receptação, está considerado foragido da Justiça.
Matéria atualizada às 21h28 de domingo (22) após atualização dos fatos
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