19 de dezembro de 2024
Brasil • atualizado em 13/02/2020 às 00:21

Vale e BHP divergem sobre plano para retomada das operações da Samarco

O presidente da Vale, Murilo Ferreira, afirmou nesta quinta-feira (27) que “existe um certo desalinhamento” entre as sócias da mineradora Samarco quanto aos planos de retomada da produção.

Segundo ele, as divergências referem-se à maneira de depositar os rejeitos para o retorno da operação e ao equacionamento da dívida da empresa, que tem falhado nos pagamentos de juros.

A Vale divide o controle da Samarco com a BHP.

A Samarco está com as operações interrompidas desde a tragédia provocada pelo rompimento da barragem de Fundão, no dia 5 de novembro de 2015.

A companhia tenta uma licença para retomar as operações, usando uma cava (buraco cavado para a retirada do minério) como novo depósito de rejeitos.

Ferreira disse, porém, que não há acordo com relação aos planos de longo prazo. Ele disse se opor ao uso de barragens construídas a montante, que a Vale não usa mais.

“Enxergamos que a Samarco não é viável na antiga estrutura de depósito de rejeitos”, disse o presidente da Vale, em teleconferência com analistas para explicar o balanço do terceiro trimestre de 2016.

Ele defende que a empresa passe a usar infraestrutura da própria Vale em Minas Gerais como alternativa para destinação dos rejeitos.

Segundo ele, as duas controladoras se reúnem na semana que vem para discutir o tema e que acredita em um acordo. “É importante que tenhamos um alinhamento de longo prazo”, afirmou.

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