Em 2012, com 16 anos, chegou ao Goiás Esporte Clube, se profissionalizou em 2013, ano em que disputou a Copa São Paulo de Futebol Júnior, seu primeiro torneio nacional, conquistando o vice-campeonato.
Em 2016, renovou seu contrato até 2020 e, no início deste ano, conquistou o tetracampeonato goiano. No total, foram 153 jogos tendo assinalado 29 gols pela equipe principal. Esta foi a trajetória do atacante Carlos Eduardo em seus seis anos de Goiás Esporte Clube.
O rompimento com a equipe esmeraldina se deu na noite da última sexta-feira (29), quando o Goiás, por meio de sua conta oficial no Twitter, confirmou a venda do atacante para o Pyramids FC, do Egito.
De acordo nota oficial, o clube afirma que o valor pode ultrapassar aos das vendas dos atacantes Bruno Henrique, que foi para Wolfsburg, da Alemanha, em 2016, e Weliton, ao Spartak Moscow, em 2007, chegando a algo em torno de 5,3 milhões de dólares, equivalente a R$ 20,5 milhões, por 75% dos direitos econômicos do atacante, que pertenciam ao Goiás.
Os últimos jogos de Carlos Eduardo com a camisa esmeraldina foram melancólicos. Nas duas partidas em Goiânia – empate em 1 a 1 com o Juventude (RS) e a vitória por 2 a 1 sobre o CRB (AL) –, o atacante foi substituído no segundo tempo e deixou o gramado vaiado, consequência da campanha ruim da equipe na Série B.
O principal objetivo do clube alviverde, nos últimos anos, tem sido o de voltar à Série A do Campeonato Brasileiro. Abalado diante desta situação, Carlos Eduardo lamenta deixar o Goiás sem ter conquistado o acesso.
“Não saio com dever cumprido. Quando subi ao profissional, o clube estava na Série A. Agora deixo o time na Série B. Meu dever era deixá-lo onde eu peguei. Mas saio de cabeça erguida pelas coisas que fiz no clube. Pelas conquistas e por ter honrado a camisa. […] muitos pensam que futebol é só status e coisas financeiras, mas tem sentimento também. Eu amo muito essa camisa. Sou Goiás desde pequeno”, se despediu Carlos Eduardo.
Carlos Eduardo viajou neste sábado (30) para Cairo, capital do Egito, onde vai realizar bateria de exames médicos. Ele conta como recebeu a notícia de que estava acertada sua ida para o futebol africano.
“Fiquei sabendo quando estava vindo para o CT. Fui comunicado que não era nem para treinar, pois estavam em negociação. Fiquei em casa e me pegaram de surpresa. Amanhã eu viajo. Vou deixar algumas coisas para trás, mas estou fez. Tem jogadores brasileiros que foram para lá. O treinador é brasileiro. Isso é muito importante” disse o atacante.
O contrato de Carlos Eduardo com o Pyramids FC será de três anos, o que, para o jogador, foi o principal peso positivo da balança na hora de aceitar a proposta do clube egípcio.
“São três anos de um contrato que vai ajudar muito minha família. Tenho que saber lidar com as coisas, pois tudo passe. No futuro, espero voltar ao Goiás. Agora, espero conquistas coisas grandes na minha carreira”, finalizou Carlos.
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