Sem atingir a meta ideal, a campanha de vacinação contra sarampo e poliomielite será agora prorrogada até 14 de setembro, informou nesta segunda-feira (3) o Ministério da Saúde.
Balanço preliminar da pasta indica que 88% das crianças de um a menores de cinco anos já foram vacinadas, o equivalente a 9,8 milhões.
A meta, porém, era vacinar até 95% do público-alvo, composto por 11,2 milhões, até o dia 31 de agosto, data final da campanha.
Até agora, apenas sete estados atingiram esse percentual: Amapá, Santa Catarina, Pernambuco, Rondônia, Espírito Santo, Sergipe e Maranhão. Os demais ainda estão abaixo desse índice.
A menor cobertura ocorre no Rio de Janeiro, onde apenas 68% das crianças já foram vacinadas.
Diante da dificuldade, municípios de diferentes regiões do país realizaram um segundo “dia D” neste sábado. O primeiro ocorreu em 18 de agosto.
A adesão, no entanto, ainda ficou abaixo do esperado. Agora, a recomendação é que estados e municípios façam busca ativa para garantir que todo o público-alvo da campanha seja vacinado.
Neste ano, a campanha de vacinação é “indiscriminada”, o que significa que mesmo crianças que estão com a carteirinha de vacinação em dia devem receber novas doses de reforço contra as duas doenças.
O objetivo é elevar a cobertura vacinal no país e reforçar a proteção de já vacinados. Desde fevereiro, o país já registra 1.553 casos de sarampo, com sete mortes. Outros 6.975 casos permanecem em investigação.
Já a poliomielite preocupa diante da queda nas coberturas vacinais, o que aumenta o risco de retorno da doença caso haja nova reintrodução do vírus no país e contato com não vacinados.
Durante a mobilização, a aplicação das doses tem esquemas diferentes dependendo da situação vacinal de cada criança.
Crianças que nunca tomaram nenhuma dose de vacina contra a pólio, por exemplo, devem receber uma dose da VIP (vacina injetável).
Já aquelas que já tiverem tomado uma ou mais doses recebem a VOP (vacina oral), conhecida como gotinha. A ideia é reforçar a imunização contra a doença.
Contra o sarampo, a campanha prevê que todas as crianças recebam uma dose da vacina tríplice viral. A exceção são aquelas que já foram vacinadas nos últimos 30 dias.
Segundo as secretarias de saúde, a vacina é contraindicada apenas para crianças imunodeprimidas, como aquelas submetidas a tratamento de leucemia e pacientes de câncer.
Já crianças alérgicas à proteína lactoalbumina, presente no leite de vaca, devem informar o quadro às equipes de saúde. Neste caso, elas recebem outra vacina contra sarampo, produzida pelo instituto BioManguinhos. (Folhapress)
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