Com início no último dia 12, a campanha de vacinação contra a gripe (Influenza) em Goiânia, teve baixa procura pelo grupo beneficiado, até então. Entretanto, o superintendente de Vigilância em Saúde de Goiânia, Yves Mauro Ternes, afirmou nesta terça-feira (27/04) que há procura por parte de moradores de outros municípios e ressaltou a importância da vacina, neste momento.
“Esse público alvo, inicialmente, é para crianças, menores de seis anos, gestantes, aquelas puérperas, mulheres que deram à luz até 42 dias e trabalhadores da saúde. A única restrição, neste momento, é aos trabalhadores da saúde que tomaram a vacina contra a Covid, que precisam esperar o prazo de 15 dias da última dose da vacina contra a Covid, para fazer a vacinação contra a gripe”, disse.
Em entrevista à Rádio Bandeirantes (820), o superintendente afirma acreditar que a baixa procura por parte dos grupos beneficiados se dá por conta dos casos de Covid-19 na capital. “Nós acreditamos que essa procura baixa pode estar associada ao nosso cenário epidemiológico, mesmo, da Covid, onde as pessoas têm evitado de procurar as unidades de saúde com receio de serem infectadas pelo coronavírus”, declarou.
Yves ressaltou a importância da imunização contra a gripe, neste momento, e fez um apelo para que as pessoas procurem os postos para receber a dose. “A gripe é uma das principais doenças respiratórias que pode evoluir para um quadro mais grave como pneumonia, podendo levar a óbito”, disse. “Nós temos mais de 50 pontos de vacinação espalhados no município. Nós orientamos a população a procurar um desses pontos, para fazer a vacinação tanto de gestantes, como também de menores de seis anos”, ressaltou.
Com quase 15 mil crianças vacinadas, o superintendente afirma que a estimativa de vacinação é para em torno de 100 mil crianças menores de seis anos. “Então nós estamos em torno de 15% do público alvo, então isso é muito baixo. A previsão da vacinação é até o início de julho, só que à medida que nós formos evoluindo com a campanha, outros grupos serão incluídos”, ponderou.
Com relação à vacinação para idosos, Yves afirmou que a Secretária de Saúde segue a recomendação do Plano Nacional de Imunização: “A prioridade dos idosos, neste momento, é a vacinação contra a Covid. Nós acreditamos que até a primeira semana de maio, conforme a remessa de doses, para nós encerrarmos o público de 60 anos para Covid, um mês posteriormente a esse final da vacinação contra Covid, nós já temos condições de iniciar a vacinação para os idosos. Como a remessa de doses para influenza está sendo feita de forma mais contínua, pode ser que nós pactuamos com a Secretaria Estadual de Saúde para anteciparmos a vacinação dos idosos acima de 70 anos para o mês de maio, visto que esses idosos já receberam a segunda dose da vacina contra a Covid e consequentemente já estão aptos para receber a vacina contra a gripe”.
O superintendente destacou, ainda, a importância da estratégia de vacinação em municípios vizinhos, levando em consideração a grande procura por pessoas residentes em outros locais. “A vacina que nós recebemos é direcionada ao público residente em Goiânia. Nós temos tido várias situações, que a procura por pessoas do interior em Goiânia tem sido considerável e isso prejudica o nosso planejamento para fazer a vacinação da população residente. Por isso é importante que todos os municípios, principalmente do entorno, usem a mesma estratégia de grupos para fazer a ampliação da vacinação contra a influenza”, declarou.
“A gente só descobre quando no caso da vacinação contra Covid, nós lançamos o CPF do paciente no sistema e ele vem como origem de residência em outro município. E essa dose que foi administrada pelo paciente de outro município aqui, não é de fácil essa redistribuição da dose. Então nós temos que priorizar a vacinação dos residentes de Goiânia, visto que as doses são enviadas conforme população residente do próprio município”, ressaltou.
Questionado se o mesmo acontece com relação à vacinação contra a Covid-19, Yves alegou ser preciso aguardar um posicionamento da Secretaria Estadual de Saúde, mas adiantou existir, sim, um número considerável de pessoas que vacinam com comprovante de endereço de terceiros. “Mesmo sendo feita a exigência do comprovante de residência, não é obrigatório que o comprovante seja no nome do paciente. Os idosos, muitos deles não tem um comprovante no nome, tem um comprovante no nome do filho ou de algum parente próximo e aí, consequentemente, estamos sujeitos a essa situação”, explicou.
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