07 de agosto de 2024
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Usuários reclamam de longas filas e horas à espera de atendimento em unidade pediátrica do Ipasgo Clínicas

Superlotação no atendimento pediátrico do Ipasgo Clínicas
Superlotação no atendimento pediátrico do Ipasgo Clínicas

O comerciante Aureliano Pinheiro Alves e a esposa Ludmilla Pollyana, acordaram, na madrugada desta segunda-feira (27/12) com a filha de três anos apresentando sintomas de febre. Sem que houvesse melhora, decidiram, no começo da tarde, levar a pequena para a unidade pediátrica do Ipasgo Clínicas. Após cinco horas de espera, o atendimento ainda não chegou. “Está pior que o serviço público”, desabafa Alves ao Diário de Goiás.

“Minha filha está com 40º de febre. Tem pessoas que chegaram as 10 horas da manhã e estão até agora para ser atendidos. O caso aqui está sério, só por Deus. Estou com minha filha no colo e até agora não consegui atendimento para ela”, relatou Ludmilla às 17h06 ao DG. “Eu vim para cá, achando que seria o lugar ideal para trazer minha criança. Mas não somos atendidos e só está chegando gente”, desabafa.

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A professora Núbia Ribeiro dos Santos também chegou no começo da tarde com ambos os filhos passando mal. O mais velho, com 7 anos, sente dores no peito e manchas pelo corpo. O caçula, com 1 ano, além das manchas também está com febre. “Tive de dar dipirona para conter, porque até agora não fui atendida”, conta. “Está uma vergonha isso”.

Ribeiro destaca que esperou quase quatro horas para receber o atendimento inicial, com a triagem. De lá para cá, não houve mais contato. “Passamos pela triagem por volta das 16h e até agora não fui atendida. Está muito lotado, muito lotado… Apenas dois pediatras atendendo”, contou à reportagem do DG às 17h27,

Não é só no Ipasgo Clínicas que os registros de superlotação foram feitos. O Diário de Goiás, esteve no Cais de Campinas por volta das 12h30. Por lá, também as reclamações foram muitas. “Cheguei aqui às 08h30. Não tem informação sobre atendimento. É um absurdo”, disse uma mãe com seu filho ao colo. “Só chega gente e não somos atendidos”, desabafou. “Enquanto a gente não chamar a televisão para vir aqui, não vão resolver nosso problema”.

O Diário de Goiás tentou uma resposta sobre a demora no atendimento do Ipasgo Clínicas com a assessoria de imprensa. Os contatos foram feitos por um aplicativo de mensagens e chamadas diretas entre as 17h08 e 18h07. Até o fechamento desta matéria não houve retorno e o espaço pode ser atualizado.

A Secretaria Municipal de Saúde não tem estimativas dos números relacionados a casos de síndromes gripais. A Saúde do Estado, em um levantamento solicitado pelo DG destacou que até o momento, foram registrados 61 casos da nova variante da Influenza A, H3N2. “A maior concentração de registros ocorre em Rio Verde, com 33 casos de residentes identificados, e em Goiânia, com 18 casos de residentes do município”, pontuou.

“A circulação do vírus H3N2 em Goiás reforça a necessidade de se manterem os mesmos protocolos de segurança necessários à Covid-19, como uso de máscara, higienização das mãos, se for se reunir dar preferência a locais bem arejados e sobretudo, a busca da vacina, disponível nos postos de saúde nos municípios”, destacou a nota.


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