Neste 30 de novembro é celebrado o Dia do Síndico. Sendo um multiprofissional, muitos síndicos estão preparados para lidar com administração de condomínios residenciais ou comerciais, com contabilidade, finanças e, às vezes, até mesmo, com a engenharia dos prédios verticais ou horizontais. Porém, agora, outra tarefa importante destes profissionais é saber se reinventar e trabalhar cada vez mais com o apoio da tecnologia.
Para a administradora de condomínios da empresa CONDHOR, Rose Santana, o uso das ferramentas digitais é uma das principais mudanças no universo da administração. “Uma novidade que está tendo é o uso da tecnologia. Os condomínios estão cada dia maiores, por isso surge a necessidade de usar a tecnologia a nosso favor, principalmente, pela questão da segurança. Elas ajudam a gerenciar de uma forma ainda mais profissional”, observa Rose.
Sendo a comunicação uma das principais características humanas, na área da administração de condomínios não seria diferente. Com isso, a necessidade de se comunicar de maneira mais rápida e eficiente também é um resultado do avanço tecnológico. Para o síndico e quarto diretor pleno do Sindicato das imobiliárias e condomínios do Estado de Goiás (Secovi), Elias Barbosa, o avanço na tecnologia na área da administração de condomínio teve um avanço nos últimos anos. “A interação com os síndicos devido ao avanço da tecnologia mudou muito nos últimos dois anos. Agora, a interação está bem maior. O avanço primordial das tecnologias possibilitou isso”, disse
Atualmente, o Brasil conta com mais de 68 milhões de pessoas habitando neste modelo de conjunto residencial, o que já equivale a quase um terço de toda a população nacional, que é de pouco mais de 214 milhões hoje, segundo a Associação Brasileira de Síndicos e Síndicos Profissionais (Abrassp). Desta forma, com números tão altos, a administradora Rose Santana também aponta a necessidade da profissionalização desta profissão.
“Os condomínios possuem muitas estruturas, como estações de tratamento de água, às vezes. Por isso, o atual cenário exige cada vez mais que o síndico se profissionalize. Ele precisa ter conhecimento de cada área. As pessoas acham que o síndico é um senhorzinho aposentado, porém, esse senhorzinho precisa ter conhecimento de gestão, administração. Precisa ser um eletricista, engenheiro, até psicólogo, muitas vezes”, explica Rose.
Já o oitavo vice-presidente do Secovi Goiás, Ulisses Soares Batista, descreve os condomínios como “uma pequena cidade”, sendo o papel dos sindicatos a administração destes locais. “Tem condomínios de sete mil habitantes, mais de 500 apartamentos, que podem gerar 20 mil habitantes. Por isso, o síndico é um cidadão importante. É ele quem vai ligar pra prefeitura quando precisar ou que gera crises quando ocorre a falta de energia. Ele é um líder”, disse um dos vice-presidentes da Secovi.
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