Não há como escapar da tecnologia. Hoje em dia, carregamos o celular sempre no bolso, compramos coisas pela internet e aproveitamos a facilidade dos tablets e notebooks. Mas, e o uso do celular na sala de aula? Esse é um assunto que divide opiniões. Enquanto alguns pais e educadores não aceitam de forma alguma inserir o aparelho no ambiente educacional, outros deixam de lado uma visão mais conservadora e enxergam o celular como uma ferramenta de apoio para o ensino.
Imagine falar sobre os planetas e mostrar o sistema solar na tela do celular ou criar grupos de discussão em que os alunos realmente participem pelo Facebook. Além dessas possibilidades, o celular na sala de aula pode facilitar o acesso a materiais interativos, como vídeos no Youtube e músicas temáticas. Claro que há a hora certa para o uso do celular. Uma conversa franca ajuda a atingir o respeito e qualificar seu aproveitamento em sala de aula. Além disso, no caso de grupos de mensagens, é importante que tenha alguém supervisionando, para que o participantes não fujam do foco da proposta.
Um das fórmulas para manter o aluno interessado no aprendizado é propiciar a ele a oportunidade de se conectar com o mundo. As informações nunca estiveram tão disponíveis e acessíveis a todos. Porém, alguns educadores não estão preparados para aplicar metodologias inovadoras como uso do celular. Na prática, é necessário conversar com o corpo docente a fim de que as escolas sejam capazes de adotar postura e políticas internas para uso dos dispositivos móveis.
O poder de engajamento dos smartphones fez com que a Unesco lançasse um guia que aprova e defende o uso das novas tecnologias no processo pedagógico no mundo inteiro. De acordo com o documento da agência da ONU, as novas tecnologias devem ser incorporadas na sala de aula para tornar o ensino mais dinâmico e atraente. A cartilha ainda afirma que o uso do aparelho em sala de aula, como recurso de ensino, deve ser planejado e orientado.
Quando utilizado de maneira correta, o celular em sala de aula, pode aumentar a motivação e o nível de aprendizagem dos alunos, mas algumas instituições ainda são resistentes em aceitar a utilização do aparelho. “Aqui na escola não fazemos uso de celular em sala de aula. Os alunos ainda não possuem maturidade suficiente para separar o tempo em que precisam utilizar o aparelho para o estudo e para o seu entretenimento”, explica Luís Henrique Conceição coordenador pedagógico do Colégio Cidade.
O educador entende que o aparelho é útil na hora de fazer pesquisas rápidas, mas acredita que o aparelho está fazendo com que os estudantes não leiam livros e que passem a escrever cada vez menos. “Quando pegamos os alunos fazendo o uso indevido do celular, inicialmente, temos uma conversa e, caso o problema persista, chamamos os pais na instituição. Todo mundo conhece nosso método e, geralmente, basta uma conversa para que o problema seja resolvido”, conclui o coordenador do colégio parceiro do Educa Mais Brasil.
Em certas ocasiões, pode ser difícil para o professor controlar de perto o que cada aluno realmente está fazendo ao usar o celular – se ele realmente está participando da atividade proposta ou simplesmente navegando sem propósito pelas redes sociais. Mas isso só deixa claro a importância de se estruturar estratégias e propostas que facilitem a vida do educador e engaje verdadeiramente os estudantes.
Querendo ou não, o fato é que os instrumentos eletrônicos de comunicação e de acesso às redes da web já fazem parte do cotidiano dos alunos. O uso do aparelho já é aceito em muitas escolas e realmente o resultado vem se tornando positivo. Muitas escolas parceiras do Educa Mais Brasil, maior programa de inclusão educacional do país, já enxergam o celular como aliado em sala de aula. O programa possui mais de 18 mil instituições parceiras em todo Brasil e oferece bolsas de estudo de até 50% para Educação Básica. Acesse o site do Educa Mais, escolha a escola do seu interesse e faça sua inscrição. É gratuita!
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