21 de dezembro de 2024
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Usando palavrões, Bolsonaro diz que não vai responder questionamentos da CPI

(Foto: Reprodução/Youtube)
(Foto: Reprodução/Youtube)

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), usando palavrões, disse nesta quinta-feira, 8, que não irá responder os questionamentos da CPI da Covid sobre as denúncias de corrupção no governo. Segundo o presidente, o colegiado é composto por picaretas e patifes que estão preocupados em desgastar o governo

“Sabe qual a minha resposta, pessoal? Caguei! Caguei para a CPI. Não vou responder nada. São sete pessoas que não estão preocupadas com a verdade”, afirmou o presidente durante transmissão semanal ao vivo pelas redes sociais. Mais cedo, o colegiado enviou carta à Presidência da República cobrando uma resposta sobre as denúncias feitas pelos irmãos Miranda de irregularidades na contratação de vacinas contra a covid-19, as quais teriam sido relatadas a Bolsonaro, que não teria feito nada.

“Que resposta posso ter para a CPI? Que não quer colaborar com nada, apenas desgastar o governo, criar o caos. De vez em quando tem certa reverberação, mexe na bolsa, faz aumentar o preço do petróleo, aumenta os combustíveis por tabela”, criticou o presidente.

Segundo Bolsonaro, o relator do colegiado, senador Renan Calheiros (MDB-AL) é “aliadíssimo” do seu maior obstáculo para a reeleição, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo pesquisa XP/Ipespe desta quinta, Lula abriu 12 pontos porcentuais de vantagem em intenções de voto sobre Bolsonaro: 38% a 26%. “O cara Calheiros quer a volta do Lula a qualquer preço, então não vou responder questão de CPI para esses caras”, completou Bolsonaro.

Entre soluços – que Bolsonaro alega ser efeito colateral de um tratamento dentário do último sábado (3) -, o presidente chamou Calheiros de “imbecil”, o presidente do colegiado, Omar Aziz (PSD-AM), de “hipócrita” e o vice-presidente, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), de “analfabeto”. Ao fim, Bolsonaro disse que não tem paciência para ouvi-los e pediu desculpas pelos palavrões usados. (Por Gustavo Côrtes, Pedro Caramuru e Gustavo Porto/Estadão Conteúdo)


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