A Procuradoria-Geral da República (PGR) conseguiu repatriar US$ 54 milhões, que foram desviados da Petrobras em contratos da estatal com a empresa holandesa SBM Offshore, segundo investigações da Operação Lava Jato.
De acordo com a PGR, o dinheiro foi desviado por intermédio do lobista Julio Faerman, que fez acordo de delação premiada e firmou compromisso de devolver os valores depositados em bancos da Suíça.
A SBM Offshore é acusada pelo Ministério Público Federal (MPF) de pagar aproximadamente R$ 42 milhões em propina para ex-funcionários e diretores da Petrobras, em troca de contratos com a estatal entre os anos de 1997 a 2012.
Executivos da empresa aceitaram, em janeiro deste ano, acordo extrajudicial com o MPF. Na ocasião, eles se comprometeram a pagar multa de R$ 500 mil caso fosse encerrado o processo em que são acusados de favorecimento pessoal.
Em 2015, Pedro Barusco, ex-gerente da Petrobras, prestou depoimento, em delação premiada, em que explicou como começou a cobrar propina de empresas que desejavam firmar contratos com a estatal. Segundo Barusco, ele começou a receber os pagamentos indevidos em 1997 ou 1998, quando era gerente de Tecnologia de Instalações.
De acordo com a PGR, foram levantadas informações de que aproximadamente R$ 6,4 bilhões foram desviados da Petrobras em propina a ex-diretores da estatal, executivos de empreiteiras que assinaram contratos.
A Procuradoria conseguiu recuperar R$ 2,9 bilhões e repatriar R$ 659 milhões até o momento, por meio de 97 pedidos de cooperação internacional. O MPF pediu, no total, o ressarcimento de R$ 21,8 bilhões a empreiteiras e ex-diretores da Petrobras.
Com informações da Agência Brasil
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