19 de novembro de 2024
Cidades

Urgente: Marconi Perillo preso na Operação Cash Delivery

O ex-governador Marconi Perillo foi preso na tarde desta quarta-feira (10). Marconi está detido na Sede da Polícia Federal, em Goiânia, após prestar depoimento na Operação Cash Delivery. A prisão foi informada por meio de nota de sua defesa.

A Polícia Federal e o Ministério Público Federal ainda não comentaram o caso.

O depoimento do ex-governador estava marcado para às 15h, no entanto, ele chegou ao local por volta das 13h. Marconi teria entrado pelo porta dos fundos para despistar a imprensa.

Veja a nota na íntegra:

A Defesa de Marconi Perillo, perplexa, vem registrar a completa indignação com o decreto de prisão na data de hoje. O Tribunal Regional da Primeira Região ja concedeu 2 liminares para determinar a liberdade de duas outras pessoas presas nessa mesma operação, através de decisões de 2 ilustres Desembargadores. O novo decreto de prisão é praticamente um “copia e cola” de outra decisão de prisão já revogada por determinação do TRF 1. Não há absolutamente nenhum fato novo que justifique o decreto do ex Governador Marconi Perillo, principalmente pelas mencionadas decisões anteriores que já afastaram a necessidade de prisão neste momento. Na visão da defesa, esta nova prisão constitui uma forma de descumprimento indireto dos fundamentos das decisões de liberdade concedidas a outros investigados. A Defesa acredita no Poder Judiciário e reitera que uma prisão por fatos supostamente ocorridos em 2010 e 2014, na palavra isolada dos delatores, afronta pacífica jurisprudência do Supremo, que não admite prisão por fatos que não tenham comtemporaneidade. Marconi Perillo recebeu o decreto de prisão quando estava iniciando o seu depoimento no departamento de Polícia Federal e optou por manter o depoimento por ser o principal interessado no esclarecimento dos fatos . KAKAY

Histórico

Histórico

A Operação Cash Delivery é fruto de delações premiadas da Odebrecht. Segundo executivos da empresa, cerca de R$ 12 milhões foram repassados para de Marconi Perillo em 2010 e em 2014, em troca de favores no governo. Conforme entendimento da Polícia Federal, o ex-presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop) Jayme Rincón era quem recebia os recursos em nome de Perillo, que é apontado como o chefe do esquema.

Operação

Quatro pessoas foram presas, incluindo Jayme Rincón, no último dia 28, quando agentes checaram endereços e encontraram na casa do motorista de Jayme Rincón, o policial militar Márcio Garcia de Moura, maços de dinheiro em espécie.

O filho de Rincón, Rodrigo Godoi Rincón também foi preso. Ele foi colocado em liberdade na semana passada (3), após conseguir habeas corpus. Jayme Rincón também foi colocado em liberdade na última sexta-feira (5), por decisão do desembargador federal Cândido Ribeiro.

Em nota, a defesa de Marconi repudiou a operação, que batizou de “clara interferência à estabilidade democrática”, já que foi deflagrada dias antes do primeiro turno das eleições 2018, para a qual Marconi Perillo era candidato ao Senado, e foi derrotado ficando na quinta colocação do pleito.

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