Cristiano Ronaldo se tornou o maior artilheiro da história do futebol em jogos oficiais reconhecidos pela Fifa. O atacante português mostrou todo seu poder de decisão na vitória por 3 a 2 do Manchester United sobre o Tottenham, no estádio Old Trafford, neste sábado, com todos os três gols dos mandantes marcados pelo astro. O jogo da 29ª rodada do Campeonato Inglês é importante para as pretensões das duas equipes na disputa por uma vaga na próxima Liga dos Campeões da Europa.
Com os três gols deste sábado, Ronaldo chegou a 807 gols em partidas oficiais em sua carreira. Aos 37 anos, o atleta ultrapassou Josef Bican (805) e se isolou como o maior artilheiro em partidas reconhecidas como oficiais pela Fifa em toda a história do futebol.
A vitória renova as esperanças do time de Ralf Rangnick na briga pela competição europeia. O Manchester United assume a quarta colocação, com 50 pontos, uma vantagem de dois para o Arsenal, que tem quatro jogos a menos que o rival no momento. O Tottenham é o sétimo colocado, com 45 pontos e três jogos a menos que o time de Manchester. A equipe de Antonio Conte teve sua sequência de duas vitórias consecutivas interrompida.
Ronaldo foi muito participativo no início do jogo e não demorou muito para marcar um gol histórico, logo aos 12 minutos. O atacante recebeu um passe de calcanhar do brasileiro Fred e, com muito espaço fora da área, ajeitou e bateu de longe, fazendo um belíssimo gol. O astro de Portugal chegou a 805 gols marcados em jogos oficiais ao abrir o placar.
O resultado era crucial para as duas equipes e o Tottenham se lançou ao ataque para buscar uma reação rápida. Primeiro, Davies recebeu passe de primeira de Son, empatou o jogo, mas o gol foi anulado por impedimento. Mais tarde, o zagueiro Dier quase empatou de cabeça, mas Dalot conseguiu salvar o Manchester, tirando a bola em cima da linha. Persistente, o time de Antonio Conte conseguiu um pênalti após toque de mão do brasileiro Alex Telles. O atacante Harry Kane foi para a cobrança e marcou, mesmo com De Gea acertando o canto: 1 a 1, aos 35 minutos.
A resposta do Manchester foi imediata, logo aos 37 minutos. Jadon Sancho recebeu lançamento e cruzou para Cristiano Ronaldo completar e fazer 2 a 1. O segundo gol do atacante no jogo já serviu para isolá-lo como detentor da marca de mais gols em jogos oficiais, com 806 gols, ultrapassando Josef Bican.
Como era de se esperar, o time visitante se mandou para o ataque no segundo tempo. Aos 15 minutos, Son finalizou com muito perigo e quase empatou o duelo para o time londrino. Demorou para o Manchester United levar perigo à meta de Hugo Lloris, o que só aconteceu com um chute forte de Cristiano Ronaldo aos 20 minutos Lançando-se ao ataque com muitos jogadores, o Tottenham voltou a empatar o jogo por 2 a 2 aos 26 minutos. Reguilon chegou na linha de fundo e cruzou para a área, o zagueiro Maguire cortou mal e mandou contra as próprias redes.
Tentando um hat-trick, Cristiano Ronaldo voltou a dar trabalho ao goleiro Lloris, que espalmou para escanteio e impediu o terceiro gol dos mandantes. O jogo, que já era histórico para o português, ficou ainda mais inesquecível aos 36 minutos, quando ele marcou seu terceiro gol no jogo. O atacante subiu mais que todo mundo em cobrança de escanteio e cabeceou forte para o fundo das redes.
De volta ao caminho das vitórias, o Manchester United voltará a campo no meio da próxima semana precisando de mais um triunfo, contra o Atlético de Madrid para avançar às quartas de final da Liga dos Campeões. Na próxima quarta-feira, o Tottenham volta a jogar pelo Campeonato Inglês, contra o Brighton.
Mais cedo neste sábado, o Brentford recebeu o Burnley em casa e venceu por 2 a 0, com mais um show individual de Ivan Toney, que marcou os dois gols da vitória dos mandantes. O atacante inglês chega a cinco gols nos últimos dois jogos. Eriksen deu assistência para Toney no primeiro gol. Com três derrotas seguidas, o Burnley segue na zona de rebaixamento, em 18º. No caminho oposto, o Brentfort venceu seus dois últimos jogos e chega a 30 pontos, na 15ª colocação.
(Conteúdo Estadão)
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