22 de dezembro de 2024
Fake news

Unimed Goiás desmente texto sobre ameaças de variante da Covid-19

O texto está repleto de termos sensacionalistas e se refere a uma variante que já está em circulação há quase dois anos
(Foto: Reprodução/Unimed)
(Foto: Reprodução/Unimed)

Um texto disseminado em aplicativos de mensagens instantâneas como o Whatsapp alertando pessoas sobre ameaças de uma variante da Covid-19 com a assinatura do Grupo Unimed é falso, o que levou a empresa a desmentir o conteúdo por meio dos sites oficiais.

O texto acabou viralizando nas redes sociais e dá orientações sobre sintomas e evolução da doença. A mensagem também tem tom alarmante. “Mais virulento e com maior taxa de mortalidade, com evidência mais rápida para chegar a extremos. Às vezes sem sintomas!!”

O texto além de ser falso está descontextualizado pois logo no começo cita a variante delta como alerta. A variação da Covid-19 está em circulação desde meados de 2021 e já é predominante em todo o mundo. Atualmente, o Brasil identificou uma nova variante: a BQ.1, encontrada pela primeira vez no dia 20 de outubro, na região amazônica.

Os especialistas também mantêm as mesmas orientações: os sintomas são os mesmos dos já conhecidos e é importante o uso de máscaras e o distanciamento social, além da atualização das doses da vacina. Cabe destacar que nas festas de fim de ano, a atenção deve ser redobrada.

O infectologista Marcelo Daher, já explicou em outras matérias aqui do Diário de Goiás sobre características da variante delta. Ele também desmistificou que não se trata de uma variação mais violenta do coronavírus que outras.
“Não é questão de ser mais ou menos perigosa. A questão é ser mais infectante. Ela infecta com mais facilidade as outras pessoas. O vírus foi se adaptando e ao longo dessa adaptação ele adquiriu a capacidade de infectar com mais facilidade. Ela provavelmente não está matando mais as pessoas, ela está infectando mais. Esse é o problema. A capacidade de infectar é maior nessa variante do que nas outras variantes”, explica. “Principalmente quando a gente compara com a variante inglesa. A delta é 60% mais infectante do que a inglesa, que já era 40% mais infectante do que a original. É a capacidade de infecção, mais fácil e mais rápido”, ressaltou em uma entrevista publicada no dia 28 de julho de 2021.


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