CLÁUDIA COLLUCCI SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A direção da Unimed rescindiu o contrato do neurocirurgião Richam Faissal Ellakkis, que fez comentários agressivos sobre o tratamento à ex-primeira dama Marisa Letícia em um grupo de WhatsApp, onde vazaram dados sigilosos da paciente.
Nesta quinta (2), o Hospital Sírio-Libanês confirmou que havia demitido a médica Gabriela Munhoz por divulgar dados sigilosos do diagnóstico de Marisa nesse mesmo grupo, formado por antigos colegas da faculdade.
Em nota divulgada na tarde desta sexta (3), a Unimed São Roque diz que “repudia veementemente as declarações dos médicos citados nas reportagens que abordam o vazamento de informações sigilosas durante o diagnóstico da ex-primeira dama Marisa Letícia Lula da Silva”.
No comunicado, a Unimed diz ainda que o neurocirurgião não pertencia ao quadro de médicos cooperados, mas era “médico terceirizado no hospital próprio da cooperativa, por meio de contrato de prestação de serviços”.
Nas conversas reveladas pelo jornal “O Globo”, Ellakkis fez o seguinte comentário sobre o atendimento prestado à Marisa no Sírio-Libanês: “Esses fdp vão embolizar [procedimento de provocar o fechamento de um vaso sanguíneo para diminuir o fluxo de sangue em determinado local] ainda por cima. Tem que romper no procedimento. Daí já abre pupila. E o capeta abraça ela”, escreveu.
Depois que o comentário veio a público, Ellakkis apagou seu perfil no Facebook. A reportagem tentou contatá-lo na Unimed São Roque e no hospital municipal Ermelino Matarazzo, onde é plantonista, mas ele não foi localizado.
“As demais medidas relacionadas ao caso estão sendo apuradas pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), conforme o Código de Ética Médica”, diz ainda a nota da Unimed São Roque.
Leia mais sobre: Brasil