Em 2013, os países da União Europeia, preocupados com as taxas de desemprego entre pessoas com menos de 25 anos, lançaram programas de apoio suplementar para jovens com dificuldade de inserção no mercado de trabalho. A Comissão Europeia divulgou nesta terça (4) um comunicado informando os bons resultados apresentados pelos programas Youth Employment Initiative – YEI (Iniciativa de Emprego de Jovens, em tradução livre) e o Youth Guarantee (Garantia Jovem, em tradução livre). As informações são da Agência Brasil.
Além de 1,4 milhão a menos de jovens desempregados, dados apontam que mais de 9 milhões receberam ofertas de emprego. Já entre os “nem-nem”, aqueles que não estudam nem trabalham, houve redução de 900 mil jovens.
Em 2013, a taxa de desemprego jovem estava em 24,4% na União Europeia. Já em 2015, havia sofrido redução e chegado aos 18,9%. Já a taxa dos “nem-nem” caiu de 13,2% em 2012 para 12% em 2015.
A YEI (Iniciativa de Emprego de Jovens) foi criada para ajudar quem tem idade inferior a 25 anos e vive em regiões onde o desemprego juvenil foi superior a 25% em 2012. A meta é apoiar principalmente quem não estuda nem trabalha.
Já o programa Garantia Jovem é um compromisso para que, gradualmente, e num prazo de quatro meses após o jovem sair do sistema de ensino ou do mercado de trabalho, lhe seja feita uma oferta de emprego, de continuação dos estudos, de formação profissional ou de estágio.
Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia, salientou, em setembro, o compromisso de ‘dar continuidade ao [programa] Garantia Jovem em toda a Europa, melhorando a qualificação dos europeus e chegando às regiões e aos jovens mais necessitados’.
A Comissão propôs recentemente ampliar os recursos destinados à YEI. O programa, criado com um orçamento inicial de 6,4 bilhões de euros para o período de 2014 a 2018, vai receber um adicional de 2 bilhões de euros, totalizando 8,4 bilhões de euros para investimentos até 2020.
O documento “Carta de Conjuntura sobre o mercado de trabalho”, divulgado em junho deste ano pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), mostra que a taxa de ocupação entre os jovens vem caindo desde 2013.
No terceiro trimestre de 2012, a taxa de jovens ocupados atingiu o pico de 44%, caindo para 37% no primeiro trimestre de 2016, enquanto os jovens desocupados, que eram 8% até 2015, subiram para 12,2% este ano. Entre aqueles denominados “nem-nem”, que nem estudam, nem trabalham, a taxa permaneceu estável em 13%.
Apenas no ano passado, o Brasil registrou perda 1,5 milhão de empregos formais. De acordo com a Rais (Relação Anual de Informações Sociais), divulgada mês passado pelo Ministério do Trabalho, o desemprego afetou principalmente os jovens.
Na faixa de 18 a 24 anos, foram eliminados 673,4 mil postos de trabalho, contra 477,8 mil entre 25 e 29 anos, 233,9 mil de 30 a 39 anos, 172,1 mil de 40 a 49 anos, e 107,7 mil na faixa até 17 anos. Em contrapartida, a categoria acima de 50 anos registrou ampliação de vagas: 154,4 mil.
(FOLHAPRESS)
Leia mais sobre: Mundo