A Comissão Executiva Nacional do União Brasil decidiu pela expulsão do deputado federal Chiquinho Brazão do partido, com voto favorável do governador de Goiás Ronaldo Caiado. Preso preventivamente neste domingo (24), o parlamentar é suspeito de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco, que também ocasionou a morte do motorista Anderson Gomes, em 2018.
Segundo Caiado, a votação que expulsa Chiquinho Brazão do União Brasil foi unânime. “Foi votado por unanimidade de todos os 14 membros presentes”, afirma, comentando que a posição do partido foi energética e proporcional à gravidade dos fatos.
Por meio de nota, o União Brasil diz que a conduta de Chiquinho Brazão incide em ao menos três condutas ilícitas do Estatuto, que são atividade política contrária ao Estado Democrático de Direito, ao Regime Democrático e aos interesses partidários; falta de exação no cumprimento dos deveres atinentes às funções públicas e partidárias e violência política contra a mulher. Além disso, esclarecem que o deputado já não mantinha mais relacionamento com o partido.
Juntamente com Chiquinho Brazão, foram presos também o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Domingos Brazão, e o delegado e ex-chefe da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa. Esses nomes são os suspeitos de serem os mandantes da morte da então vereadora Marielle Franco.
Abertura de processo
O presidente nacional do União Brasil, Antônio de Rueda, já havia solicitado a abertura do processo disciplinar contra Chiquinho Brazão. Segundo o partido, qualquer crime é repudiado.
“O União Brasil repudia de maneira enfática quaisquer crimes, em especial os que atentam contra o Estado Democrático de Direito e os que envolvem a violência contra a mulher. A direção do partido manifesta profunda solidariedade às famílias de Marielle e Anderson”, diz.
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