Ex-subsecretário de Comunicação do Rio, o empresário Francisco de Assis Neto, o Kiko, foi preso na manhã desta sexta-feira (3) ao desembarcar no aeroporto internacional Antônio Carlos Jobim. Ele estava nos Estados Unidos com a família quando foi deflagrada a Operação Eficiência, que teve como um dos alvos o empresário Eike Batista.
Kiko é apontado como mais um operador do esquema do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB). De acordo com planilhas apresentadas pelos doleiros Renato e Marcelo Hasson Chebar em acordo de delação premiada, ele recebeu R$ 7,7 milhões do dinheiro ilegal que mantinham para o peemedebista.
Os repasses ocorreram, todos, entre agosto e outubro de 2014. No período, Kiko cuidava da campanha do deputado federal Marco Antônio Cabral (PMDB-RJ), filho do ex-governador.
De acordo com o relato dos delatores, o dinheiro era entregue na sede de sua empresa, no centro do Rio.
A defesa de Kiko afirma que os colaboradores não comprovaram a entrega. Afirmam que apenas a planilha apresentada pelos irmãos não deveria ser suficiente para a decretação de prisão preventiva.
A assessoria do deputado Marco Antônio Cabral não se manifestou até a publicação desta reportagem.
Kiko estava na difusão vermelha da Interpol. A defesa se comprometeu à Justiça Federal que ele se entregaria nesta sexta, quando conseguiu remarcar sua volta do exterior.
Folhapress
Leia mais:
- Delatores de Cabral e Eike cumprem prisão domiciliar em Portugal
- Eike ainda não recebeu visitas de parentes na cadeia
- Polícia Federal investiga vazamento de operação que prendeu Eike Batista
Leia mais sobre: Brasil