12 de agosto de 2024
Cidades • atualizado em 13/02/2020 às 09:16

UFG elabora estudo com seis pontos históricos do setor Campinas

Antigo Palace Hotel na Praça Joaquim Lúcio, décadas de 1950-1960 (Foto: Seplan)
Antigo Palace Hotel na Praça Joaquim Lúcio, décadas de 1950-1960 (Foto: Seplan)

Para comemorar o aniversário de 207 anos do Setor Campinas, comemorado neste sábado (8), o aluno egresso da Instituição e hoje arquiteto, Rodolpho Teixeira Furtado da Universidade Federal de Goiás (UFG), montou um Roteiro Memorial Campineiro, para apresentar seis locais considerados patrimônio por moradores pioneiro do bairro. O guia tem como objetivo a serem visitados por quem se interessa em conhecer a história e as tradições do setor.

Fruto de uma pesquisa da Faculdade de Artes Visuais, o roteiro também faz uma proposta de intervenção nesses espaços. A pesquisa que foi orientada pela professora Marcelina Gorni, partiu do pressuposto de que o patrimônio de Campinas vai muito além dos prédios, pois está nas ruas, nas relações e, sobretudo, nas recordações.

O aluno, Rodolpho andou pelo setor, entrevistou moradores pioneiros e chegou à conclusão que os seis pontos fazem parte da memória afetiva da chamada Campininha das Flores: Praça Joaquim Lúcio, Praça da Matriz, Estádio Antônio Accioly, Mercado de Campinas, Cine Campinas e Avenida Bahia. Atualmente, esses locais estão modificados, têm outros nomes ou alguns deles não existem, no entanto, eles merecem ser reconhecido, por já fizeram parte da história do setor.

De acordo com o arquiteto, a ideia do Roteiro Memorial Campineiro é trazer de volta alguns usos perdidos dessas áreas e, ao mesmo tempo, atender desejos e necessidade locais por espaços que aumentem a qualidade de vida e o uso do setor Campinas.

Além disso, Rodolpho elaborou propostas de intervenção nesses pontos que privilegiam a experiência do pedestre, criando condições para que a população possa caminhar pelo bairro e aproveitar dos seis pontos de visitação. A inspiração do arquiteto vem de projetos de revitalização de áreas públicas desenvolvidos em países como Holanda e Estados Unidos.

Ele definiu a necessidade de abrir espaços públicos, retirando edifícios, limitar estacionamentos, recuperar áreas verdes, criar espaços de permanência, alargar calçadas, estimular a vida noturna e a diversidade de usos de comércio e serviços no setor, intensificar a iluminação e a sinalização, entre outras medidas.

História 

O arraial de Campinas foi fundado em 1810. Quatorze anos depois, 45 pessoas habitavam o local, vindas de regiões que hoje compõem os municípios de Luziânia, Silvânia, Goiás, além de estados como Minas Gerais e São Paulo. Em 1894, um grupo de padres alemães se instalou no arraial, construindo a Matriz de Campinas, o Colégio Santa Clara e o convento (atualmente, Centro Cultural Gustav Ritter).

O território se consolidou como vila em 1907 e como cidade em 1914. Na década de 1930, Armando Augusto de Godoy, engenheiro e urbanista, defendeu a região como propícia para abrigar a nova capital do estado de Goiás, entre outros motivos, por estar próxima à linha férrea. Em 1935, a cidade conhecida como “mãe de Goiânia” é aglutinada pela capital e transformada no atual bairro de Campinas.

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