19 de novembro de 2024
Brasil • atualizado em 12/02/2020 às 23:47

Uber faz campanha para que Paes vete proibição ao aplicativo

O aplicativo Uber conecta motoristas autônomos e usuários e tem tirado clientes dos motoristas de táxi tradicionais.
O aplicativo Uber conecta motoristas autônomos e usuários e tem tirado clientes dos motoristas de táxi tradicionais.

Rio de Janeiro – A equipe responsável pelo aplicativo Uber criou uma campanha pela internet, divulgada nas redes sociais, para que usuários peçam por e-mail que o prefeito do Rio, Eduardo Paes, vete o Projeto de Lei 122/15, que proíbe o funcionamento do aplicativo.

“Soluções inovadoras e inteligentes para antigos problemas têm sido marca desta gestão, e neste momento o prefeito é o único que pode impedir que isso se torne Lei. Diga a ele que você apoia a decisão de vetar esse projeto e peça que ele defenda seu direito de escolha”, pede a equipe do Uber, no site oficial do aplicativo.

O projeto de lei, de autoria do vereador Jorge Felippe (PMDB), foi aprovado no último dia 25. A multa estabelecida para condutores e empresas que oferecerem transporte individual irregular, pelo texto, é de R$ 2 mil. Dos 48 vereadores, 43 votaram a favor e somente 1 contra. O projeto aguarda a sanção de Paes.

No dia 31 de agosto, o Uber já havia publicado uma carta aberta, onde pedia diretamente a Paes que vetasse o projeto aprovado. “Temos apenas um pedido: para que ele não permita que a tecnologia e a inovação sejam banidas do Rio de Janeiro, como fez a Câmara Municipal, sem antes ouvir a sociedade”, dizia o texto.

Na carta, o Uber ressalta que uma petição elaborada por usuários a favor do aplicativo no Rio juntou 8,5 mil assinaturas. “O projeto que foi aprovado pelos vereadores privilegia uma categoria, colocando em segundo plano a população”, afirmou a empresa.

Dilma

Nesta quarta-feira, 2, em entrevista no Palácio do Planalto, a presidente Dilma declarou que o Uber “tira o emprego dos taxistas”. Ela reconheceu, no entanto, que “a tecnologia sempre produziu isso no mundo”, após lembrar que seu avô era seleiro. “Você imagina o que aconteceu com emprego dele quando apareceram os carros. A vida é assim”, comentou ela, ao observar que o tema “é uma polêmica”.

(Estadão Conteúdo)

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