SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Bono e Larry Mullen, vocalista e baterista do U2, foram condenados, em segunda instância, a indenizar o produtor brasileiro Franco Bruni em cerca de R$ 6 milhões por danos morais e materiais. Ainda cabe recurso.
A decisão é do desembargador Joel Figueira Júnior, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina -Bruni deu entrada na ação em Balneário Camboriú.
O produtor acusa os músicos de tê-lo difamado em entrevista ao jornal “O Globo”, em 2000, na qual afirmaram que Bruni não havia pago cachê de três shows em 1998, em São Paulo e no Rio.
As declarações foram feitas dois anos após a turnê PopMart, quando o U2 voltou ao Brasil para gravar um videoclipe nas ruas do Rio.
Na época, o diário carioca publicou entrevista com Larry Mullen e Bono. “Ele [Bruni] não pagou muitos profissionais, inclusive nós. Fomos embora sem receber boa parte do cachê”, afirmou o baterista ao jornal. Bono também criticou a produção dos shows.
Três dias depois das declarações, a então produtora da banda, Shila Roche, deu nova entrevista se desculpando. “Larry se equivocou, estava se referindo ao não pagamento dos direitos autorais do grupo. O cachê foi pago.”
Na ação, Bruni argumenta que enfrentou “profundos transtornosq de ordem psicológica”, tendo sido diagnosticado com “estresse pós-traumático com desdobramentos para transtorno depressivo”, necessitando de tratamento psicoterapêutico.
O jornal, também réu na ação, não foi condenado. Segundo a decisão, o “jornalista limitou-se à narração objetiva dos fatos, meramente reproduzindo a opinião dos entrevistados”. Nem Bruni nem representantes da banda foram encontrados para comentar.
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