A Universidade Estadual de Goiás (UEG) realizará, no próximo dia 20 (domingo), seu primeiro vestibular especial para refugiados e portadores de visto humanitário. Trata-se, também, do primeiro da região Centro-Oeste, criado a partir de resolução interna da UEG, instituída no ano passado. A UEG oferta uma vaga, para a concorrência apenas dos refugiados, em cada um dos 138 cursos de graduação em todas as regiões do Estado. Matéria divulgando o vestibular para refugiados foi veiculada ontem pelo Jornal Hoje, da TV Globo.
O vestibular especial atende as determinações da Resolução 739/2015 , que estabelece acesso ao ensino superior na UEG aos cidadãos refugiados e com visto humanitário no Brasil. A maior parte desses cidadãos é de haitianos, africanos e do Oriente Médio. O objetivo da Universidade é fortalecer os papéis social e de integração cultural em todas as suas unidades de Goiás.
As inscrições para o vestibular especial foram abertas em julho e se encerraram no último dia 9. Durante esse período, a UEG ofertou gratuitamente aos inscritos o curso de português para estrangeiros, presencial ou virtual pelo Programa Idiomas Sem Fronteiras. O intuito da Universidade com a oferta do curso é preparar os vestibulandos para a prova, auxiliá-los no mercado de trabalho e também a ingressar no ensino superior em terras brasileiras.
A prova será aplicada no dia 20 de novembro (domingo). “Será no mesmo dia da prova do nosso vestibular tradicional, mas será uma prova específica para os candidatos a essa uma vaga suplementar. Portanto, não haverá concorrência universal”, observou o reitor da UEG, Haroldo Reimer, em entrevista ao Jornal Hoje. A UEG deve divulgar amanhã o número de inscritos no vestibular especial e no tradicional.
Repercussão nacional
O Jornal Hoje destacou na edição de terça-feira (15) o vestibular especial para refugiados e portadores de visto humanitário da UEG, iniciativa pioneira na região Centro-Oeste. Segundo a reportagem, cerca de 400 haitianos vivem na Região Metropolitana de Goiânia.
Um deles, entrevistado pela reportagem, era Siler, professor de inglês, francês e espanhol no Haiti. Ele é auxiliar de produção, e busca se graduar para conseguir melhor colocação no mercado de trabalho.
Leia mais sobre: Cidades
