O setor de Turismo foi um dos mais afetados pela crise provocada pela pandemia do novo coronavírus. Com a recomendação de as pessoas ficarem em casa e o medo da contaminação provocou o fechamento de 90% das atividades do setor. Em Goiás, ainda não há a previsão para retomada do Turismo de uma forma expressiva, situação diferente de alguns locais do mundo.
O presidente da Goiás Turismo, Fabrício Amaral, avalia que tem conversado bastante com representantes do segmento, no sentido de fazer análises sobre o impacto, e procurar alternativas de socorro, além de planejamento para retomada de atividades.
Fabrício Amaral explicou que no ano passado o faturamento do setor de Turismo em Goiás em 2019 foi de R$ 5 bilhões, distribuindo o quantitativo por mês, dá cerca de R$ 400 milhões, sendo revertidos pelo menos R$ 50 milhões mensais de ICMS (Imposto de Circulação de Mercadoria e Serviços), fora o ISS (Imposto Sobre Serviços), que é de atribuição dos municípios.
“O ano passado nós tivemos um faturamento do turismo de R$ 5 bilhões. Nós estamos falando em R$ 400 milhões por mês, comparativo com 2019 R$ 50 milhões de ICMS, sem conta com o ISS, considerando que o Turismo é serviço e gera retorno aos Municípios. Os números são assustadores. Algumas decretando falência gerando problemas de desemprego”, explicou Fabrício Amaral.
O gestor ressaltou que a crise não é pelo decreto estadual sobre isolamento domiciliar. Ele ressaltou que a preocupação em primeiro lugar é com a vida das pessoas, mas citou que há casos em que proprietários de empresas têm autorização para abrir determinados tipos de estabelecimento, mas não estão fazendo devido ao custo fixo e desinteresse das pessoas.
“Não é pelo decreto, estamos cuidando da Saúde. Conheço empresas que podem funcionar com capacidade reduzida e optaram por não funcionar, por conta do custo fixo e desinteresse das pessoas. A pandemia como um todo é o problema mais grave’, argumentou.
Segundo semestre
Para o pós-pandemia uma alternativa será a de buscar meios para o Setor de Turismo se recuperar mais rapidamente. Uma proposta é de fazer uma campanha para que o goiano não viaje para outras localidades, mas que aproveite as atrações locais, com condições mais chamativas.
“Vamos fazer uma campanha no segundo semestre, estimulando o goiano a viajar dentro do estado de Goiás para prestigiar nossas empresas, com preços bem acessíveis, com transporte, é uma forma de a gente ajudar. O que tenho feito incessantemente é ouvir, dar a mão para as pessoas, o problema é de todos”, disse.
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