A bolsa de Xangai, principal praça financeira da China, fechou hoje (5) em queda de 0,26%, para 3.287,71 pontos, o que representa estabilidade após quedas de 6,85% nessa segunda-feira.
Shenzhen, a segunda praça financeira do país, recuou 1,36%, para 11.468,06 pontos, uma queda mais suave quando comparada aos 8,16% de ontem. A Comissão Reguladora do Mercado de Valores da China (CRMV) disse que considera pouco provável a venda em massa de ações nos próximos dias, apesar de 1 bilhão de títulos serem desbloqueados no próximo dia 11.
O porta-voz da CRMV confirmou que existe cerca de 1 bilhão de títulos nas mãos de grandes acionistas a quem o regulador proibiu a venda em 8 de julho do ano passado, como medida para conter as fortes quedas nas bolsas chinesas, durante um prazo de seis meses.
A medida aplica-se apenas a “grandes acionistas” (titulares de 5% ou mais das ações de uma empresa), que não podiam desfazer-se delas até o fim do prazo e a reabertura do mercado, na próxima segunda-feira (11).
A situação explica, em parte, as fortes quedas registradas nessa segunda-feira (de 6,85% na praça de Xangai e 8,16% em Shenzhen), devido à antecipação de perdas por parte de alguns investidores que queriam evitar quedas maiores nos próximos dias.
Mesmo assim, o porta-voz da CRMV informou que não são esperadas vendas massivas no dia 11, uma vez que, por amostragem, quando os grandes acionistas se desfazem de elevados volumes de ações, em 60% dos casos fazem em bloco e mediante transferências de títulos previamente negociadas.
Nos últimos anos, acrescentou, apenas se libertaram dos títulos, vendendo-os de forma direta no mercado, cerca de 0,7% dos investidores.
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