22 de novembro de 2024
Brasil

TSE pode rever brecha na Lei da Ficha Limpa, diz ministro

Ministro Luiz Fux acredita que STF seja chamado a se posicionar sobre questões de vacinação. (Foto: Fernando Frazão/Arquivo/Agência Brasil)
Ministro Luiz Fux acredita que STF seja chamado a se posicionar sobre questões de vacinação. (Foto: Fernando Frazão/Arquivo/Agência Brasil)

O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Luiz Fux, disse nesta quinta-feira (8) que é possível que a corte volte a examinar a possibilidade de um político “ficha suja” registrar candidatura para concorrer à eleição. O tema ganhou relevância em razão da possibilidade de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva concorrer em 2018.

A Lei da Ficha Limpa impede que candidatos condenados por órgão colegiados (formados por grupos) sejam candidatos, mas um de seus artigos deixa uma abertura, conforme mostrou a Folha de S.Paulo.

De acordo com a lei, em meio à campanha o réu pode conseguir uma liminar junto aos tribunais superiores para suspender a inelegibilidade de candidatos já condenados na Justiça.

Em conversa com jornalistas, Fux afirmou que vai discutir o assunto com os colegas da corte. Ele não falou sobre nenhum caso específico.

“Vou avaliar com colegas do tribunal se essa praxe das liminares vai ser entendida sob esse ângulo”, afirmou. “Em princípio, quem já está com a situação definida de inelegibilidade evidentemente não pode se registrar”, disse Fux.

“Outros acham que tem que requerer [o registro de candidatura, que pode ser impugnado]. Isso é algo que tem que passar pelo colegiado”, acrescentou.

Recursos

Lula foi condenado na Lava Jato pelo juiz Sergio Moro, do Paraná, e pelo TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região).

Os desembargadores mantiveram a condenação e aumentaram a pena, de nove anos e seis meses para 12 anos e um mês de prisão em regime fechado por lavagem de dinheiro e corrupção passiva no caso do tríplex do Guarujá (SP).

Agora, a defesa de Lula tenta uma liminar nos tribunais superiores para derrubar a decisão do TRF-4, a fim de evitar sua prisão e a declaração de inelegibilidade. (Folhapress)

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