14 de outubro de 2024
Despacho

TSE da 24 horas para campanha de Bolsonaro apresentar provas após denúncias de Fábio Faria

Caso as denúncias não sejam provadas, a coligação do presidente poderá ser enquadrada por crime eleitoral
Ministro do TSE - Alexandre de Moraes. (Foto: Reprodução/TSE)
Ministro do TSE - Alexandre de Moraes. (Foto: Reprodução/TSE)

Após o ministro das Comunicações, Fábio Faria afirmar durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira (24) que a campanha de Jair Bolsonaro (PL) entrou com ações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) alegando que o presidente teve 154 mil inserções a menos que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em rádios, principalmente do Nordeste, o ministro Alexandre de Moraes deu prazo de 24 horas para que sejam apresentadas provas que comprovem os números apresentados por Faria.

Conforme o despacho, caso as denúncias não sejam provadas, a coligação do presidente poderá ser enquadrada por crime eleitoral. Segundo Alexandre de Moraes, a petição protocolada pelo partido não possui “qualquer prova e/ou documento sério”.

“Os fatos narrados na petição inicial não foram acompanhados de qualquer prova e/ou documento sério, limitando-se o representante a juntar um suposto e apócrifo “relatório de veiculações em Rádio”, que teria sido gerado pela empresa “Audiency Brasil Tecnologia””, detalhou o ministro.

Ainda de acordo com Moraes nem a petição inicial e nem o relatório indicam eventuais rádios, dias ou horários em que não teriam sido veiculadas as inserções de rádio para a Coligação do presidente e também não indica a metodologia ou fundamentação de como se chegou à determinada conclusão.

Durante coletiva de imprensa, o ministro Fábio Faria disse que a denúncia se deu por meio de auditoria particular contratada. Segundo ele a auditoria teria apurado que a diferença no número de inserções entre Lula e Bolsonaro, ao longo de 14 dias do segundo turno representa um total de 154 mil.

Para o ministro Alexandre de Moraes a coligação apresenta suposta fraude eleitoral sem base documental alguma.


Leia mais sobre: / / Política