O governo de Donald Trump afrouxou normais ambientais obrigatórias que haviam sido impostas pelo ex-presidente Barack Obama à indústria automotiva.
As regras suspensas previam aumentos graduais da eficiência dos veículos, até alcançar uma meta de 100 km por cada 4,32 litros de gasolina em 2025.
O anúncio foi feito pelas agências americanas de proteção ambiental e de segurança viária.
No comunicado, a EPA (agência de de proteção ambiental) afirmou que a flexibilização corrigiria os padrões nacionais para economia de combustível e emissões de gases estufa para dar aos americanos maior acesso a veículos mais seguros, mais acessíveis economicamente e mais limpos ao meio ambiente”.
A flexibilização era um dos pleitos da indústria automotiva do país, que defendia também uma padronização das regras, para evitar o custo de se adaptar às diferentes especificações de cada estado.
A medida deverá enfrentar resistência legal por parte de ao menos 19 estados norte-americanos, como a Califórnia, que defendem a manutenção das regras definidas por Obama.
“Estamos preparados a ir à Justiça para frear esse plano imprudente e ilegal”, afirmou Maura Healey, procuradora-geral de Massachusetts, em uma nota à imprensa.
Trump e o clima
Em junho de 2017, o presidente americano anunciou que os EUA deixariam o Acordo de Paris sobre o clima, assinado em dezembro de 2015 por 195 partes. Trump abandonou o acordo sob a justificativa de colocar o país “em primeiro lugar” -seu lema de campanha.
Após a saída dos EUA, a União Europeia recusou perspectiva americana e insistiu em que o acordo é definitivo -e que, na ausência americana, iria lidar diretamente com empresários e governadores para implementar os objetivos do texto.
Em julho deste ano, o ex-presidente Barack Obama disse, em discurso na África do Sul, que é preciso respeitar os fatos. “Se você diz que a mudança global não existe, eu não sei como começar uma discussão”, afirmou ele, citando o Acordo do Clima de Paris. (Folhapress)
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