11 de agosto de 2024
Mundo • atualizado em 13/02/2020 às 10:04

Trump pede votos a candidato republicano acusado de assédio sexual

Donald Trump. (Foto: Official White House Photo by Shealah Craighead)
Donald Trump. (Foto: Official White House Photo by Shealah Craighead)

O presidente Donald Trump pediu nesta sexta-feira (8), na Flórida, votos ao candidato ao Senado pelo Partido Republicano Roy Moore, que é acusado de abuso sexual.

Durante discurso no Pensacola Bay Center, Trump disse que a América “não pode pagar” para que um democrata vença a campanha. “Saia e vote em Roy Moore. Faça isso. Faça isso”.

Trump disse que o oponente de Moore, Doug Jones, é um “democrata liberal” que seria “completamente controlado” pelos líderes democratas Nancy Pelosi na Câmara e Chuck Schumer no Senado.

“Ele é um completo fantoche e todo mundo sabe disso”, disse durante o discurso onde voltou a falar do sistema de imigração americano e do desempenho econômico da nação desde que assumiu o cargo.

“Queremos empregos, empregos, empregos, então saia e vote para Roy Moore”, enfatizou o presidente.

Enquanto Trump discursava, Moore usava o Twitter para repercutir as frases a seus seguidores.

“Precisamos de alguém naquela cadeira do Senado que votará em nossa agenda, que seja duro com o crime, forte nas fronteiras e forte na imigração”.

Trump também provocou Beverly Nelson -que acusa Moore de abuso sexual quando tinha 16 anos-, que apresentou anotações em seu anuário como prova importante de que o candidato a conhecia na época.

“Você viu o que aconteceu hoje? Você sabe, o anuário? Você viu isso? Ocorreu um pequeno erro”, disse Trump, mudando para uma voz cantada. “Ela começou a escrever coisas no anuário”.

Trump então mencionou a advogada de Nelson, Gloria Allred, e disse: “Toda vez que você a vê, você sabe que algo está errado”.

Em sua defesa, Roy Moore, 70, diz que as acusações são falsas e que querem apenas minar sua reputação antes da eleição marcada para terça-feira (12).

Outros casos

O deputado americano Trent Franks, do Partido Republicano, anunciou nesta quinta-feira (7) sua renúncia depois que a Comissão de Ética da Câmara revelou que o investigava por suspeita de assédio sexual contra duas funcionárias.

O conservador renuncia horas depois que o senador democrata Al Franken, um dos principais críticos do presidente, anunciou sua saída do cargo também por acusações de abuso sexual -ele foi denunciado por oito mulheres.

Além do deputado, o próprio Trump, o ex-presidente George H. W. Bush e o candidato ao Senado pelo Alabama Roy Moore estão entre os republicanos alvos de acusações de assédio ou abuso sexual.

As acusações se inserem na torrente de denúncias contra políticos e celebridades iniciada com o caso do produtor Harvey Weinstein. (Folhapress)

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