A administração do presidente eleito Donald Trump não irá mais investigar o uso de um servidor de e-mail privado por parte de Hillary Clinton ou sobre a Fundação Clinton, disse nesta terça (22) Kellyanne Conway, ex-diretora da campanha do republicano.
“Eu acho que o presidente eleito, que é também o chefe do seu partido, dirá, antes mesmo de assumir o poder, que ele não deseja prosseguir com essas acusações, enviando uma mensagem muito forte, em tom e conteúdo” aos seus companheiros republicano, disse Conway uma entrevista à rede MSNBC.
No segundo debate presidencial,no início de outubro, Trump ameaçou Hillary, dizendo que “se eu ganhar, vou instruir o meu procurador-geral para obter um procurador especial para analisar sua situação”.
Hillary Clinton fez uso de um e-mail privado durante o período em que foi secretária de Estado de Barack Obama, o que levantou suspeitas de que possa ter quebrado leis federais no manuseio de informações confidenciais.
Conway afirmou também que Hillary “ainda tem que enfrentar o fato de que a maioria dos americanos não a consideram honesta ou confiável”, mas acrescentou que “se Donald Trump pode ajudá-la a se curar, talvez seja uma boa coisa a se fazer”.
Durante a feroz disputa eleitoral, a expressão “tranquem-na” -uma alusão a colocar Hillary na cadeia- tornou-se refrão da campanha republicana. Trump também acusou a democrata de ter usado a Fundação Clinton para a prática de corrupção.
Avaliação
Também nesta terça, a rede CNN divulgou uma pesquisa mostrando que a maioria dos americanos acredita que Donald Trump fará um bom trabalho como presidente.
Pouco mais da metade dos norte-americanos (53%) afirma que Trump fará um trabalho muito ou bastante bom como presidente, e 40% tem confiança de que o republicano saberá lidar com a economia -índice que ultrapassa a confiança da população em Barack Obama, George W. Bush, Bill Clinton e Ronald Reagan antes de tomarem posse.
É menos positiva, no entanto, a avaliação dos norte-americanos com relação à maneira com que Trump tem conduzido o período de transição. Até agora, 46% da população aprova os movimentos do presidente eleito, ao passo que 45% os desaprova. Tal taxa de aprovação está bastante aquém da obtida pelos antecessores de Trump.
A pesquisa foi realizada por telefone com 1.003 adultos. Os resultados têm uma margem de erro de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.
Folhapress
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