O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, indicou em entrevista que poderia sim deportar o empresário bilionário Elon Musk. Ao ser questionado por uma repórter, Trump, cuja campanha recebeu quantias significativas advindas do empresário, afirmou que o DOGE (Departamento de Eficiência Governamental) poderia ser colocado contra Musk, caso houvesse divergências. Além disso, o presidente ainda reforçou a ideia em sua rede social.
Os comentários aconteceram após Elon Musk tecer críticas ao projeto de lei de corte de impostos e de gastos do presidente Donald Trump, na última segunda-feira (30). No X, Musk escreveu: “Todos os membros do Congresso que fizeram campanha pela redução dos gastos do governo e imediatamente votaram pelo maior aumento da dívida da história deveriam se envergonhar! E perderão suas primárias no ano que vem, mesmo que seja a última coisa que eu faça na Terra”. E ainda acrescentou que, “se o “projeto de lei de gastos insanos for aprovado, o Partido América será formado no dia seguinte”.
Trump rebateu a ameaça, também por meio das redes sociais, afirmando que poderia pedir ao DOGE para analisar a situação do bilionário, que apesar de ter sido naturalizado cidadão americano desde 2000, é nascido na África do Sul, na cidade de Petrória. “Elon pode receber mais subsídios do que qualquer ser humano na história, de longe, e sem subsídios, Elon provavelmente teria que fechar as portas e voltar para casa, na África do Sul”, escreveu Trump.
E seguiu: “Chega de lançamentos de foguetes, satélites ou produção de carros elétricos, e nosso país economizaria uma FORTUNA. Talvez devêssemos pedir ao DOGE para analisar isso com atenção? MUITO DINHEIRO A SER ECONOMIZADO!!!”, ironizou o presidente americano.
O projeto de Trump foi aprovado no Senado americano nesta terça-feira (1º), após ter a votação empatada, tendo o voto de desempate dado pelo vice-presidente JD Vance, dando seguimento aos trâmites. A estimativa é que o pacote orçamentário adicione cerca de US$ 3,3 trilhões à dívida pública dos Estados Unidos, entre outros fatores que incluem: aumento de recursos para o controle de imigração; cortes de programas sociais do governo; criação de novas isenções fiscais e ampliação de gastos com as forças armadas americanas.
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