10 de agosto de 2024
Mundo • atualizado em 13/02/2020 às 00:58

Trump ameaça aliados que votarem contra lei que substitui Obamacare

O presidente dos EUA, Donald Trump, discursa na sessão conjunta do Congresso dos EUA / Foto: Jim Lo Scalzo
O presidente dos EUA, Donald Trump, discursa na sessão conjunta do Congresso dos EUA / Foto: Jim Lo Scalzo

Para os deputados republicanos que ainda estão em cima do muro sobre o projeto para substituir o Obamacare, que deve ser votado na próxima quinta (23), o presidente Donald Trump deu um recado nesta terça (21): votem a favor da proposta ou vão perder seus assentos nas eleições legislativas de 2018.

O “conselho” foi dado por Trump numa reunião fechada na Câmara na manhã desta terça-feira, segundo parlamentares que estiveram presentes.

“Ele nos alertou que há consequências se não nos unirmos: para nós como partido e também como indivíduos”, disse o deputado republicano Richard Hudson, pela Carolina do Norte. Ele, contudo, disse que o presidente não estava “ameaçando” os parlamentares. “Só estava nos dando um alerta bem claro.”

Muitos dos republicanos que demonstram resistência em apoiar a chamada Lei de Saúde Americana o fazem, no entanto, justamente por medo de perder apoio entre seus eleitores no pleito de 2018 -como, por exemplo, os 23 deputados conservadores que são de distritos onde Hillary Clinton venceu em novembro passado.

Para um dos deputados, contudo, o recado foi mais direto, apesar do tom de brincadeira. “Mark, eu vou vir atrás de você [se votar contra]”, disse Trump ao líder do ultraconservador Caucus da Liberdade, Mark Meadows (Carolina do Norte), um dos principais republicanos críticos à proposta.

Horas depois, Meadows disse que o governo ainda não tem os votos para passar a lei no plenário da Câmara. Entre os republicanos mais conservadores, a posição é de que o projeto apresentado pelo presidente da Câmara, Paul Ryan, não reduz de forma suficiente o preço dos planos de saúde e não diminui a presença do Estado no financiamento da assistência médica.

Deputados deste grupo, como Justin Amash (Michigan) e Rod Blum (Iowa), se manifestaram por seus canais oficiais na tarde desta terça confirmando que não votarão pela proposta, que consideram um “Obamacare Lite”.

Os republicanos mais moderados, representados pelo chamado “Grupo da Terça”, querem, por sua vez, mudanças nos critérios estabelecidos pelo novo projeto para a concessão de créditos fiscais, para que ofereçam apoio também aos mais pobres.

Para passar no plenário da Câmara, o projeto vai precisar de 216 votos dos 237 republicanos da casa -o que significa que apenas 21 deputados do partido podem se opor ao texto. (Folhapress)

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