O Grupo Triunfo Participações solicitou nesta terça-feira (14) à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) a relicitação do contrato de concessão da Concessionária das Rodovias Centrais do Brasil (Concebra), que administra 1.176,5 quilômetros de trechos das BR-060, BR-153 e BR-262.
Os trechos ligam Brasília (DF) a Betim (MG) e compreende 47 cidades. As rodovias BR-060 e 153 são das mais importantes de Goiás, compreendendo o trecho Goiânia-Anápolis-Brasília.
O pedido da Triunfo significa que a companhia desiste do contrato e pede que o governo faça uma nova licitação para transferir a administração das rodovias para outra concessionária. Em nota, a empresa mostra insatisfação. A concessionária reclama de desequilíbrios no contrato e cita a “drástica alteração do cenário econômico em relação ao previsto e considerado no momento da licitação”.
A Triunfo diz que o principal fator para desistir do negócio é a “imprevisível redefinição da política pública de financiamento de longo prazo, que frustrou a liberação de crédito comprometido e aprovado, que trouxe consequências gravíssimas na relação econômica-financeira com o poder concedente, tornando-a excessivamente onerosa.”
Outro motivo apresentado pela concessionária foi a impossibilidade de reprogramar investimentos, já que a medida provisória 800/17 não se converteu em lei.
Os trechos das rodovias concedidos foram arrematados pela concessionária em 2013 e o contrato tinha validade de 30 anos. Com o pedido, o governo federal deve seguir todas as etapas regulamentadas através de decreto para uma nova licitação, desde a qualificação do empreendimento pelo Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) até a efetiva realização de uma nova licitação.
Durante o cumprimento de todas essas etapas, a concessionária será obrigada a operar a via e prestar serviço aos seus usuários.
Troca de diretor
A Triunfo informou a nomeação de Roberto Solheid da Costa de Carvalho como diretor de relações com investidores, após a renúncia de Marcos Paulo Fernandes Pereira, que fica como diretor administrativo-financeiro da empresa.
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