14 de agosto de 2024
Cidades

Três policiais são acusados de tortura pelo MP-GO

Três policiais militares foram denunciados pelo crime de tortura pelos promotores de Justiça do Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) Jean Cleber Zamperlini e Julimar Alexandro da Silva.

Segundo a denúncia, o policial militar Márcio Ferreira Figueiredo e os policiais do Serviço de Interesse Militar Voluntário Estadual (Simve) Bruno Leonardo da Silva Dourado e Fabrício Santos Barros são acusados de torturar uma pessoa portadora de deficiência em julho de 2013, em Luziânia (GO).

De acordo com os promotores, os policiais sequestraram, constrangeram, agrediram e ameaçaram a vítima, “causando-lhe sofrimento físico e mental”, com o objetivo de obter informações e confissão. A pena prevista para esse tipo de crime é de dois a oito anos de reclusão, com aumento de um sexto até um terço se existirem agravantes.

Consta na denúncia que o crime aconteceu por volta das 15h, no dia 23 de julho do ano passado, em uma zona rural de Luziânia. O rapaz estava na porta de casa quando foi abordado e sequestrado pelos policiais. Familiares da vítima viram o ocorrido e recorreram ao Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops) da cidade, onde acreditaram que o rapaz estaria. No entanto, os policiais o algemaram e levaram para um setor de chácaras.

No local, a vítima foi torturada por aproximadamente uma hora com golpes de mangueiras nas costas e nas pernas, com pedaço de pau na cabeça e choques. Além disso, o rapaz foi ameaçado de morte, para que falasse sobre drogas, armas e desmanche de veículos.

Ainda de acordo com a denúncia, os policiais o deixaram sozinho no local. A vítima conseguiu chegar à rodovia e pegar uma carona para casa da mãe.

Em seguida, o rapaz foi levado ao MP-GO e conduzido à autoridade policial que tentou prender os policiais em flagrante. Os três acusados abandonaram o serviço e um deles justificou a falta com atestado médico.

Como medida cautelar, foi requerido pelo Ministério Público que os policiais sejam proibidos de manter contato com a vítima e seus familiares, que serão testemunhas no processo. Também foi pedido o afastamento das funções de policiamento ostensivo.

O Diário de Goiás entrou em contato com a assessoria de imprensa da Polícia Militar, mas não obteve resposta.


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