O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná retoma nesta segunda-feira (8) o julgamento que pode levar à cassação do mandato do senador Sergio Moro (União-PR). A sessão será a terceira realizada para analisar o caso. Até o momento, a votação está empatada por 1 a 1 e faltam os votos de cinco magistrados.
Na última segunda-feira (1), primeiro dia do julgamento, o desembargador Luciano Carrasco Falavinha Souza votou contra a cassação. Na quarta-feira (3), o desembargador José Rodrigo Sade se manifestou a favor da cassação. No mesmo dia, após o empate na votação, a desembargadora Claudia Cristina Cristofani pediu mais tempo para análise e suspendeu o julgamento.
Vale lembrar que, caso seja cassado pelo TRE, Moro não deixará o cargo imediatamente porque a defesa poderá recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). E se a cassação for confirmada pelo TSE, novas eleições serão convocadas no Paraná para preencher a vaga de Moro, que também poderá ficar inelegível por oito anos.
Acusação e defesa
O tribunal compõe o julgamento de Moro fundamentado em duas ações nas quais o PT, o PL e o Ministério Público Eleitoral (MPE) acusam Moro de abuso de poder econômico pela suposta realização de gastos irregulares no período de pré-campanha, nas eleições de 2022. Para o Ministério Público, foram gastos aproximadamente R$ 2 milhões, oriundos do Fundo Partidário.
No primeiro dia do julgamento, a defesa de Moro defendeu a manutenção do mandato e negou irregularidades na pré-campanha. Sobre os gastos, Guedes disse que as quantias foram” infladas” pela acusação. “Não houve caixa 2 nas eleições, não houve irregularidade. Então, se cria uma tese bem criativa de abuso na pré-campanha”, pontuou o advogado Gustavo Guedes.
Com informações da Agência Brasil
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