O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) decidiu, por maioria, nesta terça-feira (9), rejeitar as ações que buscavam a cassação do senador Sergio Moro, ex-juiz da Lava Jato. Na quarta sessão do julgamento, o TRE alcançou um placar de 5 votos contra a cassação e 2 a favor.
O último voto foi proferido pelo presidente do TRE, Sigurd Roberto Bengtsson. Os advogados do PT e do PL planejam recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Se Sergio Moro for cassado pelo TSE, novas eleições serão convocadas no Paraná. A defesa de Moro nega irregularidades na pré-campanha e defende a manutenção de seu mandato.
Entenda o julgamento de Sergio Moro
No final de 2021, Moro estava no Podemos e realizou atos de pré-candidatura à Presidência da República. De acordo com a acusação, houve “desvantagem ilícita” em favor dos demais concorrentes ao cargo de senador diante dos “altos investimentos financeiros” realizados antes de Moro deixar a sigla e se candidatar ao Senado pelo partido União Brasil.
Para o Ministério Público, foram gastos aproximadamente R$ 2 milhões, oriundos do Fundo Partidário, com o evento de filiação de Moro ao Podemos e com a contratação de produção de vídeos para promoção pessoal, além de consultorias eleitorais. O PL apontou supostos gastos irregulares de R$ 7 milhões. Para o PT, foram R$ 21 milhões.
A defesa de Moro argumenta pela manutenção do mandato e nega irregularidades na pré-campanha. De acordo com o advogado Gustavo Guedes, Moro não se elegeu no Paraná pela suposta pré-campanha “mais robusta”, conforme acusam as legendas.
Com informações da Agência Brasil
Leia mais sobre: cassação / Sergio Moro / TRE Paraná / Direito e Justiça