28 de agosto de 2024
Saúde

Tratamento desenvolvido por brasileiro cura homem com câncer terminal; saiba como

Médico e pesquisador responsável pelo tratamento é Marc Abreu, especialista em termodinâmica cerebral e frequências termorregulatórias formado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). (Imagem: reprodução)
Médico e pesquisador responsável pelo tratamento é Marc Abreu, especialista em termodinâmica cerebral e frequências termorregulatórias formado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). (Imagem: reprodução)

O relato do tratamento desenvolvido pelo médico brasileiro Marc Abreu que promoveu a cura de um homem com câncer terminal, foi apresentado nesta quarta-feira (26) na 38ª edição do Congresso Anual da Society for Thermal Medicine, em San Diego, nos EUA. O paciente Scott Miller, com câncer de próstata em estágio terminal, tinha expectativa de vida de quatro meses, mas alcançou a remissão completa – cura – da doença após ser submetido a um tratamento inovador desenvolvido por Marc.

Tudo começou em julho de 2021, quando Scott Miller foi diagnosticado com câncer de próstata metastático, ou seja, do tipo que se espalha e em estágio IV, quando tinha 66 anos de idade. Conforme o caso clínico explicou, o tumor possuía cerca de 12 centímetros de diâmetro e havia se espalhado para ossos, vesícula, bexiga, reto e outros órgãos.

O homem com câncer terminal, então, foi tratado por cerca de seis meses com a tecnologia BTT, que, explicando da melhor forma possível, consiste em uma indução de proteínas de choque térmico por meio de aumento da temperatura, de maneira controlada, pelo cérebro. As proteínas de choque térmico são encontradas em praticamente todos os organismos vivos com funções diversas e complexas.

Foi esse tratamento que foi desenvolvido pelo pesquisador brasileiro Marc Abreu, especialista em termodinâmica cerebral e frequências termorregulatórias formado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Processo chamado de túnel térmico cerebral (BTT, na sigla em inglês) foi desenvolvido por Marc na Universidade de Yale, nos Estados Unidos.

Após cinco induções como tratamento nos seis meses, Scott Miller além de não sentir nenhum efeito colateral e não realizar nenhum tratamento adicional – nem radioterapia e quimioterapia – houve, então, a remissão do tumor.

“Na primeira indução, já senti algo diferente. Com isso, me mudei temporariamente de Los Angeles para Miami, onde fica o Instituto Médico BTT, para dar continuidade ao tratamento. Depois do tratamento, meu radiologista ao rever os meus exames me informou que inacreditavelmente é como se eu nunca tivesse câncer”, disse Scott em entrevista.

Agora, o paciente deve ser monitorado a cada seis meses por três anos, para garantir que a cura ocorreu por completo. Isso aconteceu, por que a remissão é uma cura parcial, já que alguns cânceres podem voltar tempo depois.

De toda forma, Marc explica que o tratamento inovador elimina não só o câncer, mas também a fonte do câncer. “Temos a erradicação das células-tronco cancerígenas e a neutralização das moléculas sinalizadoras, que são as moléculas que levam ao desenvolvimento e depois a recorrência do câncer”, explicou o pesquisador brasileiro.


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