O tratamento de águas residuais é fundamental na proteção da sáude, do ambiente e no combate à escassez do líquido. É o que afirma relatório da ONU (Organização das Nações Unidas), publicado nesta quarta-feira (22), Dia Mundial da Água.
A previsão das Nações Unidas é que em 2030 a demanda mundial seja superior em 40% às provisões naturais, caso não tenha uma mudança de atitude no consumo.
Segundo a ONU, dois terços da humanidade vivem em zonas onde a escassez de água é “evidente” por ao menos um mês do ano. A metade delas vive na China e na Índia.
Mais de 800.000 pessoas morrem todos os anos pelo consumo de água contaminada ou porque não podem lavar as mãos devidamente.
As doenças relacionadas à água matam 3,5 milhões de pessoas anualmente na América Latina, África e Ásia, um dado superior à soma das mortes por Aids e acidentes de carro.
E o aquecimento global, que agrava a seca, prosseguirá, mesmo nos melhores cenários.
Na América Latina, uma das principais causas do problema são as àguas residuais procedentes da agricultura, da indústria e das zonas urbanas.
Os países mais ricos tratam 70% das águas residuais que geram -um dado que cai a 38% nas nações de renda média e a 8% entre as mais pobres, segundo o relatório publicado pela ONU-Água e pela Unesco.
No mundo, 80% das águas não são tratadas, uma média que também corresponde à América Latina e ao Caribe (entre 70% e 80%) para as águas recuperadas das redes do esgoto urbano, principal fonte de contaminação hídrica.
No entanto, o estudo indica também que, Brasil, México e Uruguai reciclam mais da metade do total, enquanto o tratamento no Chile é quase universal.
O relatório estima paralelamente que a região deveria investir mais de US$ 33 bilhões para que o tratamento de águas residuais se elevasse a 64% em 2030. (Folhapress)
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