Letícia Nobre
Os concurseiros sabem que trabalhar e estudar para concursos não é tarefa fácil. Alguns até acreditam que só serão aprovados quando “largarem tudo” e ficarem “só estudando”. Não é bem assim. Poderia até dizer que ter mais tempo não é, necessariamente, uma vantagem.
Parece estranho? Pode até ser, mas continue lendo que vou explicar a linha de raciocínio.
O tempo é um dos recursos mais preciosos para quem quer trabalhar para o governo. Porém (sempre há um porém), a quantidade não é sinônimo de qualidade e estudar com eficiência é que, de fato, vale ouro no projeto de ser aprovado em um concurso público.
Não é raro encontrar casos em que o “excesso” de tempo pesa mais contra do que a favor. Até porque, infelizmente, há uma tendência natural do ser humano de procrastinar e fazer corpo mole. Veja como essa característica é parte da cultura brasileira, de deixar tudo para a última hora.
Para concursos – e posso dizer que qualquer outro projeto – esse jeitinho brasileiro não gera bons frutos. Não adianta tentar bancar o esperto. O sucesso é diretamente proporcional à eficiência que só será alcançada se houver planejamento e dedicação.
Aqui preciso fazer um parêntese e explicar os dois conceitos dentro do contexto. Planejamento inclui uma visão realista da jornada até a aprovação, a escolha de um objetivo e a gestão de si mesmo e dos recursos disponíveis, onde entra (veja só), o tempo. Por dedicação, posso dizer que é a execução do plano de ação definido, os passos dados com constância em direção ao objetivo definido, a consciência de que não se pode aceitar e agir diferentemente do que se propôs no planejamento.
Deixando claro esses conceitos, quero derrubar o mito que diz que só se passa em concursos quem “só estuda”. É totalmente possível e viável você continuar trabalhando e estudar para concursos, desde que exista – repito – planejamento e dedicação.
A única real diferença entre quem tem mais ou menos horas livres é o tempo que levará para aprender os conteúdos necessários para as provas. Entretanto, essa variante depende de outros aspectos como a bagagem e a estratégia escolhida, não sendo, portanto, determinante.
Uma última ressalva: não quero, em hipótese alguma, dizer que não é uma boa idéia se dedicar exclusivamente, entretanto, para que esse caminho seja produtivo, são necessárias outras ações específicas. Assunto para outro artigo.
Bons estudos e contem comigo.
Letícia Nobre é jornalista e coach especializada em concursos. Está no mercado de concursos há mais de 7 anos e é editora-chefe do SOS Concurseiro, site de notícias, coaching e orientação para concursos públicos. Contato: [email protected]
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