A maior demanda atual no transporte público coletivo se dá por passageiros que precisam se deslocar ao trabalho. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (17), pela Redemob Consórcios, por meio do resultado de enquete realizada para identificar o perfil dos usuários durante o atual período de suspensão de atividades não essenciais, como forma de combater a disseminação da Covid-19.
Em entrevista coletiva, o diretor executivo da Redemob, Leomar Avelino, apresentou dados do levantamento realizado com o público usuário do transporte coletivo, nos últimos dias. Foi constatado, no entanto, que a maior parte dos passageiros que utilizam o sistema são trabalhadores domésticos, de indústria e do comércio.
Entrevistas realizadas com passageiros entre às 6h e 10h, na última segunda-feira (15), apontaram que 86,6% dos usuários utilizam o transporte coletivo para se deslocar ao trabalho. A pesquisa demonstrou que 33,1% utilizam o transporte cinco dias por semana e a grande maioria, 76%, é a favor da continuidade do serviço de transporte público durante a pandemia.
“Está evidenciado através da pesquisa, que existe uma grande quantidade, por sinal acima da metade, que continua se movimentando pela nossa região, quando não deveria estar se movimentando. Então, esse é um ponto de reflexão para todos nós, e no meu ponto de vista, principalmente para as nossas autoridades”, afirmou Leomar.
Com relação ao ramo de atividade, os serviços domésticos lideram a pesquisa. No geral, a categoria abrange 26% do público usuário do transporte coletivo, atualmente. Em seguida estão os trabalhadores do comércio, com 18,3% e da indústria, com 17,4%. Os trabalhadores da área da saúde estão em quarto lugar, com 10,3%.
Os horários com maior fluxo de passageiros foram constatados entre 7h às 9h da manhã e, no fim do dia, às 17h e 18h. “As pessoas não estão andando à toa. Isso está claro. Elas têm uma razão para isso e essa razão chama-se trabalho”, pontuou o diretor executivo da Redemob que acredita que “as pessoas estão trabalhando, provavelmente por necessidade”, neste momento.
Foi concluído, então, por meio da enquete, que menos da metade (47,4%) das pessoas que utilizam o transporte público coletivo, no período atual, pertence às atividades consideradas essenciais e, pouco mais da metade (51%) dos usuários entrevistados avaliam de forma positiva o decreto municipal de Goiânia, que estabelece lockdown no período de pandemia.
Com relação às medidas que devem ser adotadas, Leomar afirmou que o aumento na frota, capaz de atender a demanda com todos passageiros sentados, em um nível de distanciamento social, causaria problemas, até mesmo no trânsito. O diretor executivo da Redemob acredita, no entanto, que deve haver, após a divulgação da pesquisa, um melhor entendimento por parte de todos, para que o problema seja solucionado.
“Tomara que essa pesquisa de fato sirva para trazer um entendimento melhor na busca da solução dos problemas. Entendimento melhor de quem? De todos nós. De nós que estamos trabalhando com o transporte coletivo, dos formadores de opinião, dos órgãos de controle e também de todos os governantes da nossa região, que envolve muitos, né, são 18 municípios no estado de Goiás. Enfim, o assunto é muito complexo por isso”, ressaltou.
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