07 de agosto de 2024
Greve

Trabalhadores do Hospital das Clínicas anunciam paralisação a partir dessa quarta (21)

Os trabalhadores se reunirão para mobilização em frente ao HC para iniciar a greve, que terá paralisação por tempo indeterminado
Trabalhadores do Hospital das Clínicas começarão greve por tempo indeterminado. Foto: Reprodução
Trabalhadores do Hospital das Clínicas começarão greve por tempo indeterminado. Foto: Reprodução

Os trabalhadores da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que atuam no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC/UFG) anunciaram greve a partir desta quarta-feira (21). O movimento grevista se concentrará em frente ao HC às 7h, para ato com carro de som e presença do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Federal no Estado de Goiás (Sintsep-GO).

Os impasses na negociação de acordos entre os empregados da Ebserh e a direção da empresa, levaram a categoria a apoiar a paralisação por tempo indefinido. O movimento é de ordem nacional, e diz respeito, principalmente, ao pagamento do percentual de insalubridade sobre o vencimento dos trabalhadores. A empresa determina que o percentual seja calculado em cima do valor do salário mínimo, instalando a discordância na discussão.

A presidente do Sintsep-GO, Márcia Jorge, argumenta que o sindicato defende o reajuste digno, enquanto a direção do Ebserh tenta dividir os trabalhadores. “Operando com a divisão entre as categorias, administrativa e área-fim, a direção da Ebserh tenta dividir os trabalhadores. O sindicato, no entanto, defende reajuste digno para todos, sem retirar direitos já consolidados de grande parte dos profissionais de Saúde da empresa. Pelo contrário, queremos estender os mesmos direitos a todos”, ressalta.

A secretária ainda reitera que o movimento de greve, que será iniciado na próxima quarta-feira (21), não está vinculado a greve de 2021, cujo processo ainda está correndo no Tribunal Superior do Trabalho (TST). De acordo com Márcia, isso revela a situação preocupante em que se encontram. “Isso também está sendo usado pela direção da empresa para assustar os trabalhadores, devido às liminares que foram obtidas num momento de pandemia. Isso só revela a gravidade da situação: nem na pandemia a empresa valorizou os trabalhadores, tanto que não se chegou a um denominador comum que não envolvesse retirada de direitos pela Ebserh, e isso nós não vamos aceitar”, afirma.

Já são três anos e meio sem reajuste salarial e nenhum avanço nas discussões com a direção da empresa. Desde a pandemia, as jornadas de trabalho aumentaram e, de acordo com o servidores, chegaram a sofrer ameaças de retirada de direitos. O processo que corre no TST tentou negociações de reposição salarial correspondente a 20%, com retroativo apenas a partir de janeiro de 2022, mas foi negado pela empresa.

A direção da Ebserh insiste na retirada dos direitos dos trabalhadores, com perdas salariais que passam de 25%. O cenário em questão motivou a decisão dos servidores de deflagrarem greve, um direito legal atribuído aos trabalhadores.


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