Os trabalhadores do Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM), responsável pelas obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte na Volta Grande do Xingu em Altamira do Pará, decidiram entrar em greve a partir de hoje por tempo indeterminado. Após duas rodadas de negociações as partes não entraram num acordo.
A principal reivindicação é a melhoria das condições de trabalho. Eles pedem ainda elevação do valor da cesta básica, atualmente em R$ 95, e a redução do intervalo entre os períodos de folga – que hoje é de seis meses.
No final da semana passada, a assessoria de imprensa do CCBM disse que “por enquanto, não haverá divulgação de nenhuma ação” com relação à greve e que no “momento se restringe a rotinas administrativas”.
Essa é a segunda vez que os trabalhadores páram nesse ano. A primeira interrupção das obras aconteceu entre o fim de março e início de abril e foi marcada por atritos entre policiais militares e trabalhadores.
Na última rodada de negociação, o CCBM sugeriu manter os seis meses entre os recessos para os trabalhadores visitarem as famílias, não reduzindo o tempo de baixada. O aumento proposto para o vale-alimentação foi de R$ 90 para R$ 110. Os trabalhadores pedem R$ 300. “Esses dois pontos já são atendidos em outros empreendimentos da região porque só aqui no da Belo Monte não pode ser atendido?” questionou na semana passada o vice-presidente do Sindicato, Roginel Gobbo.
A assessoria de imprensa do ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, disse na sexta-feira, 20, que o governo teria conversado com algumas construtoras de Belo Monte e que a expectativa era de um acordo. “A postura do governo é estimular o diálogo conversando com os dois lados”, disse. Ainda de acordo com a assessoria, o governo não vai intervir nas questões trabalhistas. (Agência Estado)
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